A Cáritas Internationalis realizou, no dia 12 de Maio, uma teleconferência para, sob a sua coordenação, organizar a resposta de emergência à tragédia em Myanmar, das Cáritas doadoras e das Cáritas da região asiática. No decorrer desta conferência, o responsável de emergências da Cáritas da Tailândia, Ben Mendoza, que esteve em Myanmar, a fazer a avaliação da situação para a Cáritas Internationalis, declarou que “ a situação é cada vez mais desesperada pois, após sete dias depois da ocorrência do ciclone a ajuda continua sem chegar a cerca de um milhão de pessoas afectadas, as quais foram abandonadas à sua sorte, nas áreas mais afectadas”.

Este especialista da Cáritas da Tailândia, relatou, ainda que: “depois de cruzar dados disponibilizados por diversas fontes não-oficiais, os mesmos parecem indicar que o número de vítimas mortais causadas pelo «Nargis» ultrapassa as 100.000”.

A rede humanitária da Igreja Católica de Myanmar mobilizou um grupo de 26 pessoas para desenvolver um plano de resposta de emergência, para 14 paróquias da zona do delta de Irawady. A esta equipe juntaram-se, nas últimas horas, três especialistas da rede internacional da Cáritas, recém-chegados a Yangon.

No decorrer da teleconferência, foi feita uma estimativa inicial das necessidades mais urgentes, assim como uma avaliação dos fundos necessários – cerca de 3 milhões de dólares – para enfrentar a primeira fase do plano de ajuda humanitária às populações afectadas. Para tal, foi utilizado como referência, o valor da ajuda já canalizada para as 14 paróquias que já foram apoiadas até agora. Nesta avaliação foi, também, tido em conta o aumento dos preços dos bem alimentares básicos.

Por seu lado, a Comissão de Migrações da Cáritas da Tailândia confirmou à Cáritas Espanhola que, a partir do vizinho Myanmar, começaram a entrar no país, desalojados das províncias de Mon e Karen, que fazem fronteira com a Tailândia, seriamente afectadas pelo ciclone.

A Cáritas Tailandesa está a levar a cabo um plano de acolhimento para estas pessoas, numa região onde já existe uma importante população de refugiados de Myanmar e onde a Cáritas Espanhola desenvolve diversos projectos de reconstrução e reabilitação de apoio às populações vítimas do tsunami de 2004.

Fonte: Cáritas Espanhola