No dia 17 de junho de 2017 Portugal viveu aquele que ficou já marcado como um dos piores dias do país, marcado pelo início de um conjunto de fogos florestais que deixaram consigo um rasto profundo de sofrimento e medo.
A resposta dos portugueses a estes trágicos acontecimentos que afetaram, de forma particular a região centro do país, foi marcadamente genuína e espontânea sem deixar margem para dúvidas sobre a sua capacidade individual e coletiva de estar ao lado dos que passam por momentos de sofrimento.
A Cáritas Portuguesa acionou, de imediato, como é sua missão, os meios ao seu alcance, tentando minimizar, desde o primeiro dia, o sofrimento de todos os que foram vítimas dos incêndios que se repetiram até outubro de 2017.
Como não poderia deixar de ser, estamos hoje a apresentar aquilo que são os resultados da campanha de solidariedade que iniciámos no dia 17 de junho.
Reiteramos a nossa imensa gratidão aos portugueses que confiaram em nós e na nossa forma de atuar no terreno.
Campanha de Junho/2017
Valor angariado: 2 112 933,36 €
Origem das verbas angariadas:
Ofertórios nas missas 58,54%
Cáritas Diocesanas e Cáritas Portuguesa 18,83%
Empresas 8,67%
Particulares 12,01%
“Ser Solidário” (Multibanco) 1,95%
Valor aplicado:
Cáritas Diocesana de Coimbra – 1 300 000,00€
Cáritas Diocesana de Portalegre-Castelo Branco – 562 761,65€
Campanha de outubro/2017
Com 49 vítimas mortais e cerca de 70 feridos, os incêndios florestais que deflagraram, a partir de 15 de outubro revelaram-se avassaladores no que toca à extensão de área afetada e aos danos materiais causados. Seguindo aquela que é a sua forma de atuação, a Cáritas Portuguesa, com as Cáritas diocesanas das áreas afetadas apresentaram-se no terreno à disposição das autoridades e na resposta imediata à população.
Tendo o Governo, em Conselho de Ministros, assumido, de imediato, a reconstrução de todas as casas de 1ª habitação, a Cáritas, seguindo a natureza da sua missão de apoio aos mais fragilizados, canalizou a verba angariada para o apoio aos pequenos e médios agricultores, particularmente os de subsistência, sem possibilidade de recorrer a outros meios de apoio.
Foram angariados 692 098,68 euros, com a seguinte proveniência:
Origem das verbas angariadas:
Comunidades Paroquiais 29 %
Cáritas Diocesanas e Cáritas Portuguesa 37%
Empresas 5%
Particulares 29%
Valor aplicado:
Cáritas Diocesana de Aveiro (12 949,21 €)
Cáritas Diocesana da Guarda (164 072,62 €)
Cáritas Diocesana de Viseu – (515 076,85 €) *
Todas as decisões e ações desenvolvidas no terreno foram tomada e promovidas em diálogo com as autoridades locais e com as entidades coordenadoras: o gestor do programa REVITA, onde ele superintende, e em todos os concelhos afectados e com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR).
Agradecemos a todos os que confiaram na missão da Cáritas e contribuíram com as suas doações e o seu trabalho voluntário e que, assim, permitiu respondermos às necessidades apresentadas.