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Bento XVI considera que na luta contra a pobreza, a educação da juventude é uma prioridade para a comunidade internacional.

Ao receber as cartas credenciais dos novos embaixadores da Tailândia, Seychelles, Namíbia, Gâmbia, Suriname, Singapura e Kuwait na Santa Sé, o Papa lançou um «apelo para que todas as pessoas que têm uma função na vida social, todas as que participam nos governos das nações, façam tudo o que possam para voltar a dar esperança aos povos que têm a tarefa de governar».

«Que tenham em conta as suas aspirações mais profundas e que façam o que for preciso para que todos possam beneficiar das riquezas naturais e económicas do seu país, segundo os princípios da justiça e da eqüidade», afirmou.

«A partir desta perspectiva – declarou o Papa, que discursava em francês –, deve prestar-se particular atenção às jovens gerações, mostrando-lhes que são a principal riqueza do seu país. A sua educação integral é uma necessidade primordial.»

Segundo o bispo de Roma, «para forjar homens e mulheres responsáveis na família e em todos os níveis da sociedade não é necessário informação técnica e científica mas, sim, uma educação nos valores humanos e morais que permitam, a cada jovem, ganhar confiança em si mesmo, para que, no futuro, possam cuidar dos seus irmãos e irmãs em humanidade e assumir o seu papel no crescimento da nação, com um sentimento cada vez mais agudo de preocupação pelo próximo.»

Bento XVI desejou que, «em cada país, a educação da juventude seja uma prioridade, com o apoio de todas as instituições da comunidade internacional que estão comprometidas na luta contra o analfabetismo e contra a falta de formação em todas suas manifestações».

«É uma maneira particularmente importante de lutar contra a desesperança que pode albergar-se no coração dos jovens e provocar actos de violência, individuais ou colectivos», afirmou o pontífice, que acaba de escrever uma encíclica sobre a esperança.

Bento XVI concluiu exortando «todas as pessoas que participam nessa maravilhosa missão da educação da juventude a continuar sem descanso a sua tarefa, certas de que a adequada formação dos jovens prepara um amanhã promissor».