Perguntas e Respostas, pelo Presidente da Cáritas Internationalis
Perguntas e Respostas, pelo Presidente da Cáritas Internationalis, Cardeal Oscar Rodriguez Maradiaga
Qual é a situação no Haiti? E a situação da Igreja?
Os nossos colegas da Cáritas dizem que milhares de pessoas terão morrido e que mais de 3 milhões precisa desesperadamente de ajuda. A ajuda começa a chegar, mas ainda há muitas pessoas que não têm abrigo, alimentos, água e, claro, estão em estado de choque.
Muitas Igrejas foram destruídas, incluindo a Catedral. Seminários, centros paroquiais, escolas e hospitais ficaram gravemente afectados. Infelizmente o Arcebispo Joseph Serge Miot morreu no sismo. Expressamos a nossa tristeza aos seus familiares e a todos os irmãos e irmãs da Igreja haitiana, bem como, a todo o povo deste país.
A Igreja está a colaborar com a Cáritas no estabelecimento de pontos de distribuição. Alguns já estão instalados em Port-au-Prince e noutras cidades. O desafio é enorme mas a nossa esperança aumenta com as mensagens de solidariedade e apoio que temos recebido das Cáritas de todo mundo.
O que está a Cáritas a fazer?
A Cáritas já iniciou a distribuição de tendas, cobertores e kit’s de primeiros socorros. Estamos a providenciar alimentos, água e cuidados de saúde através da rede de 200 hospitais e clínicas geridos pela Cáritas do Haiti. A equipa de emergência da Cáritas Internationalis já chegou à capital e está a colaborar com a Cáritas do Haiti na elaboração da resposta de emergência e de reabilitação. O CRS/Cáritas EUA tem vários camiões com ajuda que estão a atravessar a Republica Dominicana com destino ao Haiti.
Quais as necessidades mais urgentes?
Alimentos, água, cuidados médicos e abrigo. A electricidade não funciona e o abastecimento de gás é escasso. Vai ser preciso um enorme esforço de reconstrução.
O que podemos fazer para ajudar na reconstrução do Haiti?
Uma das nações mais pobres do nosso mundo vai estar, nos próximos tempos, no foco dos meios de comunicação e será, ao mesmo tempo, inundada de ajuda humanitária. Que esta seja a oportunidade de se firmarem novos compromissos que levem a soluções duradouras que efectivamente aliviem o sofrimento e a miséria dos haitianos.