António José Seguro visita Cáritas Portuguesa
O desemprego e a forma de ultrapassar esta dificuldade esteve no centro da conversa que juntou, na sede da Cáritas Portuguesa, em Lisboa, Eugénio Fonseca e António José Seguro, secretário-geral do PS. Um encontro que aconteceu a pedido do líder da oposição e onde se apresentaram as dificuldades que afetam a população.
Eugénio Fonseca mostrou a António José seguro os números que espelham a atual realidade das famílias portuguesas que recebem apoio da Instituição. No total e até ao mês de Julho foram atendidas na quase totalidade das 20 Cáritas Diocesanas 30 941 famílias, um número que corresponde a um aumento de 64 por cento desde o último ano. Os números que pecam por defeito uma vez que as solicitações são muitas e há uma assumida falta de recursos para o tratamento desta informação mostram que a tendência é claramente para aumentar nos meses que se seguem.
O desemprego tem estado na base da grande maioria dos problemas que chegam às diferentes Cáritas. Para além dos problemas relacionados com a alimentação o aumento de pedidos prende-se com dificuldades no pagamento de rendas de casa e no acesso à escola. A Cáritas Portuguesa entende serem necessárias melhorar as politicas atuais em relação aos problemas das famílias na sua relação com os bancos. Este tema esteve no centro da conversa que Eugénio Fonseca manteve com António José Seguro a quem o presidente da Cáritas Portuguesa sublinhou ainda a necessidade de se rever a legislação sobre o subsídio de desemprego e o rendimento social de inserção. As recentes alterações à legislação são uma das principais razões para o aumento de pedidos que se tem registado nas instituições.
Para a Cáritas Portuguesa é importante que se repense o apoio às empresas familiares, nomeadamente, os princípios do microcrédito e a criação de políticas que promovam o autoemprego.
Antes do final deste encontro que decorreu na manhã do dia 19 de fevereiro, Eugénio Fonseca alertou o líder da oposição para o fato de ser a sociedade civil a entidade que está hoje a assegurar o apoio à sociedade sendo, por isso, importante que a Segurança Social seja reforçada no Orçamento de Estado para 2013.