Cáritas Portuguesa quer novas respostas para novos problemas
Começaram hoje, em Fátima, os trabalhos do Conselho Geral da Cáritas Portuguesa. Neste primeiro dia de trabalhos “encetamos uma reflexão, o mais esclarecedora possível, sobre os caminhos que, efetivamente, estamos dispostos a percorrer para cumprirmos, de facto, a missão que a Igreja nos confiou e correspondermos às expectativas da sociedade” explicou Eugénio Fonseca na abertura dos trabalhos.
Perante as dificuldades que se vivem em Portugal, o presidente da Cáritas lembrou que “a Igreja em geral e, em particular, a Cáritas ainda não esgotaram todas as suas potencialidades”. Neste sentido espera-se que “reconhecemos que o país está a empobrecer, mas nunca devemos assumir isso como um objetivo, mas tão só, e infelizmente, como uma consequência das medidas de austeridade impostas que têm penalizado, sobretudo, os que já eram pobres e passaram a viver na miséria e os remediados que caíram nos braços da pobreza”. para Eugénio Fonseca está aqui a verdadeira “refundação” para o país.
Para a Cáritas em Portugal um dos desafios que se coloca neste momento passa pela resposta de proximidade às novas situações que se colcam diariamente devendo haver um empenho “para que em cada paróquia haja, pelo menos, um grupo de ação social que assegure a prática organizada da caridade e que se fortifique a partilha de bens, de modo a que todas as ajudas externas sejam apelos supletivas e não, como muitas vezes acontece, primordiais para a ajuda fraterna”.