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A Cáritas Portuguesa participou na II Convenção Anual Europeia contra a Pobreza e Exclusão Social, onde participou também num workshop paralelo promovido pela Cáritas Europa e que teve como tema: “A resposta aos impactos da crise económica nos Estados-Membros mais afectados”. O encontro aconteceu em Bruxelas, nos dias 5,6 e 7 de dezembro.

Jorge Nuno-Mayer, secretário-geral da Caritas Europa, explicou que “o objetivo do evento foi destacar o impacto da crise – e das políticas de austeridade em particular – nos Estados-Membros com destaque para a Irlanda, Itália, Grécia, Portugal e Espanha”.

Representantes dos cinco países mais afetados pela crise, apresentaram os seus relatos sobre os impactos das políticas de austeridade nos grupos vulneráveis. Todos descreveram as iniciativas organizadas pela Caritas dos seus países, ou seja, os esforços concretos para ajudar as pessoas em situação de pobreza e exclusão social.

João Pereira, representou a Cáritas Portuguesa, apresentando a estrutura da rede nacional Cáritas, o seu funcionamento e os meios de que dispõem para fazer frente à realidade social e económica do país. Foi apresentado o trabalho do Fundo Social Solidário, o programa “Prioridade às Crianças” e também os projetos “NOS – Núcleo de Observação Social”, “GIAS-Grupos de Interajuda Social” e o “+ Próximo”.

Num segundo momento deste workshop, foram convidados parlamentares europeus, de diferentes famílias políticas, para partilharem as suas perspectivas. Estiveram presentes Jean Lambert do Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia e Marisa Matias do Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Nórdica Verde. O debate centrou-se nas alternativas para a austeridade que poderiam ser perseguidos pela UE e os seus Estados-Membros.

De acordo com a equipa responsável pelas Políticas Sociais da Caritas Europa muitas iniciativas positivas estão a acontecer a nível local e nacional, que deveriam ser financiados pela UE e pelos governos dos Estados-Membros.

Recorde-se que um dos principais objetivos desta Convenção, segundo a própria Comissão Europeia, era a recolha de contributos para o chamado “pacote de investimento social” que será apresentado pela Comissão Europeia no início de 2013. A apresentação deste pacote e a sua elaboração tem criado muito expectativa esperando-se que ele venha responder a questões reais que afetam as políticas sociais em toda a europa. László Andor, o comissário europeu, explicou que se trata essencialmente de um documento político que tem como objetivo “melhorar as políticas dos Estados-membros nas áreas sociais e reforçar o nível de cooperação europeia”.

A pobreza infantil, o acesso ao merco de trabalho por parte dos jovens licenciados e o envelhecimento ativos são áreas de preocupação que merecem destaque por parte de Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia que recusa a ideia de que “o modelo social europeu está a morrer ou está morto”.

João Pereira, em representação da Cáritas Portuguesa