D. António Marcelino é uma figura marcante na história da ação social da Igreja, sobretudo a partir dos anos 80. Contribuiu decisivamente para que a Pastoral Social deixasse de ser o “parente pobre” na Igreja, face às dimensões litúrgica e profética: incentivou a dinamização da atividade paroquial e diocesana neste domínio; defendeu sempre não só a existência de ação social dinâmica, em cada paróquia, mas também a estreita articulação entre a assistência social, a promoção humana e o desenvolvimento integral.

Marcado pelo Concílio Ecuménico Vaticano II, cuja realização viveu intensamente, lutou até ao fim da sua vida pela atualização permanente do cristianismo e pela sua inserção salvífica nas realidades terrestres.

A Cáritas Portuguesa, que recebeu de D. António Marcelino, na qualidade de Presidente da Comissão Episcopal da pastoral Social, um forte impulso de renovação e aprofundamento, não deixará de lhe ser fiel no futuro. Deste modo manterá viva, entre nós, a sua memória e a sua presença invisível.