D. Manuel Clemente: “Jesus reproduz em nós a sua própria atitude”
“Quando acontecem calamidades como foi a das Filipinas a nossa tendência, natural, é perguntarmo-nos: “então e Deus o que faz?” Na sua homilia no passado dia 21 de novembro, na Igreja de Santa Isabel, em Lisboa, D. Manuel Clemente lembrou o choro do próprio Deus para dizer que “Deus não está fora das coisas mas está antes delas e por dentro delas”.
D. Manuel presidiu à celebração onde a Cáritas Portuguesa e todos os que a ela se associaram evocaram a vítimas do tufão Haiyan, e sublinhou que este choro não é passivo mas sim “um choro ativo e consequente”. Recordando a fragilidade do mundo e da humanidade D. Manuel não deixou de lembrar que, é no compromisso e na adesão a Deus, que se encontra a forma de ultrapassar a fragilidade: “A começar pelos nossos corações e pela nossa solidariedade deixemo-nos estar aqui, esta é a rocha da cruz”
“Podemos nos perguntar de que vale aos filipinos estarmos nós aqui, os que aqui estamos, nesta ocasião, nesta Igreja, longe, a milhares de quilómetros, como outros estarão por outras partes do mundo. Vale, e é exatamente assim… vale pela intenção, vale pela presença, vale pela convicção. Vale porque Jesus Cristo reproduz em nós a sua própria atitude. Para que tudo se reconstrua, tudo comesse e nesta hora em que estamos juntos é uma hora em que com Jesus Cristo vamos para a reconstrução da cidade. É com sentimentos assim, verdadeiros, convictos que as coisas recomeçam.”
“Ajudar no que for mais preciso” num gesto de solidariedade ativa. Foi desta forma que D. Manuel explicou o sentido desta celebração e do donativo da Cáritas Portuguesa à Cáritas das Filipinas (25 mil euros) ao qual se juntou também a coleta daquela celebração (1209.64 euros).
Para saber mais sobre a atual situação das Filipinas: Campanha “Cáritas Ajuda Filipinas”