O que é ser animador de um grupo GIAS?
A Cáritas promove no próximo dia 29 de maio, no Fórum Picoas, em Lisboa, um encontro de formação para animadores de Grupos de Interajuda Social (GIAS). Este é um projeto desenvolvido pela Cáritas e cujas experiências realizadas em diferentes dioceses têm revelado ser um contributo muito importante para quem vive a experiência de desemprego.
Os grupos são compostos por pessoas que se encontram nas mesmas circunstâncias e com os mesmos problemas – nomeadamente com experiência pessoal da situação de desemprego – e que se encontram regularmente para a partilha de experiências de vida, perdas e medos, competências e boas ideias. O objectivo é superar, em grupo, as dificuldades associadas à situação de inatividade temporária/desemprego e de reencontrar e partilhar um caminho de confiança e esperança.
Os animadores de grupos GIAS desempenham um papel fundamental na implementação dos grupos e no seu bom funcionamento. Exige pessoas com experiência de vida e da situação de desemprego, bem como uma formação deontológica adequada para este papel de elevada responsabilidade e exigência pessoal e social. Os animadores deverão ser apoiados numa dinâmica de trabalho em rede e de comunidade de práticas, dando-se relevo, não só à formação inicial bem como à valorização da autoformação e da troca de experiências entre animadores através de encontros regulares, de tal modo que haja uma exigente adequação da dinâmica dos grupos atendendo aos fins para que foram constituídos.
Naturalmente que estes grupos, para poderem existir, deverão ser acolhidos por “instituições anfitriãs” que se identifiquem com o projeto. Podem ser Cáritas Diocesanas, Paróquias, Associações, Municípios, IPSS, Sindicatos, Empresas, entre outras.
Os animadores GIAS são, portanto, voluntários ou técnicos das referidas “instituições anfitriãs” que “se disponibilizam a exercer o papel de facilitadores e de gestores das reuniões, comprometendo-se a desenvolver essa tarefa com elevado sentido de compromisso e de rigor ético”. Por tudo isto os animadores “devem ser pessoas capazes de inspirar ânimo e confiança aos membros do grupo”. Isto mesmo está definido no Manual de Animadores que foi desenhado pela Equipa Nacional que coordena este trabalho.
A formação do próximo dia 29 de maio será uma oportunidade não só de divulgação destes projeto mas, principalmente, de se avançar na formação de novos animadores e, assim, avançar para a criação de novos grupos. O programa deste dia, conta com a participação do Pe. José Manuel Pereira de Almeida, Assistente Eclesiástico da Cáritas Portuguesa que irá fazer uma abordagem da Doutrina Social da Igreja à luz da mensagem do Papa Francisco, na Exostação Apostólica “Alegria do Evangelho” e também, de tarde, com o contributo de Manuel Carvalho da SIlva que traz uma reflexão sobre ” O desenvolvimento e a organização do trabalho em Portugal”.para além destes momentos haverá a oportunidade de conhecer experiências concretas de trabalho já realizado nas dioceses de Lisboa, Setúbal e Leiria-Fátima. testemunhos na primeira pessoa de quem vive a experiência de ser animador de um grupo GIAS.
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