Repensar a emigração de forma positiva
É necessário criar “equipas de acolhimento e de informação” nas paróquias que esclareçam os portugueses que desejem partir para a emigração. Esta é uma das primeiras conclusões que resultam do encontro de Agentes Sociopastorais das Migrações que juntou nos dias 17 a 19, em Albergaria-a-Velha, os principais interlucutoras na Igreja para as questões das migrações.
“Gerar sinergias entre paróquias, missões católicas, associações, rede consular, sindicatos, municípios e órgãos de comunicação social que permitam denunciar casos de exploração laboral, tráfico de pessoas e precariedade social ou familiar” é um dos objetivos dos participantes neste encontro que consideram que o fenómeno migratório esteve “quase ausente das agendas política e eclesial nas duas últimas décadas sendo hoje focado apenas o seu aspeto “economicista e de elite”.
De acordo com o texto de conclusões os agentes sociopasotriais sentem ser necessário “analisar novas tendências, perfis e percursos migratórios, com vista a respostas inovadoras fruto de parcerias institucionais que envolvam a Igreja, academias e observatórios”. Os participantes neste encontro, 14 dioceses de Portugal e de uma dezena de organizações católicas, comprometem-se a “retomar a importância das migrações em toda a pastoral da Igreja, adequando as estruturas e os planos aos novos fluxos migratórios”.
Os agentes sociopastorais das migrações sugerem ainda no texto final deste encontro que a emigração deve ser repensada “de forma positiva”, e associada a “uma política de desenvolvimento económico sustentável” e “responsabilizando assim todos os cidadãos pelo processo migratório”
O Encontro de Formação de Agentes Sociopastorais das Migrações é promovido em cada ano para assinalar a Jornada Mundial do Migrante e do Refugiado pela Obra Católica Portuguesa de Migrações, a Cáritas Portuguesa e a Agência ECCLESIA.
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com Agência Ecclesia