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Realizou-se, em Madrid, o XXII Curso de Formação da Doutrina Social da Igreja sobre o tema “A lógica económica e a luta contra a desigualdade” promovido pela Comissão Episcopal da Pastoral Social da Conferência Episcopal Espanhola e a Fundação Paulo VI, entre os dias 7 e 9 de setembro, com a participação de 8 membros da Cáritas Portuguesa.

Terminado o curso, a delegação portuguesa reuniu-se, durante a tarde de dia 9, com o Presidente e o Secretário-Geral da Cáritas Espanhola, bem como com vários diretores. Foram abordados assuntos relacionados com: a organização funcional de cada Cáritas, tendo sido unânime a preocupação de que nunca se devia desviar este serviço da Igreja da sua fonte que está na inscrita no múnus pastoral de cada Bispo, e por sua delegação na de cada pároco; A Cáritas Espanhola realçou os bons frutos que tem dado a aposta na formação do clero, sem o envolvimento do qual ficará mais comprometida esta dimensão evangelizadora da Igreja; a implementação dos standards aprovados pela Assembleia Internacional da Cáritas, como meio de maior capacitação da Cáritas e transparência da sua missão.

A resposta que está a ser dada no acolhimento aos refugiados. Foi comum a convicção de que ainda há orientações muito pouco precisas sobre o acolhimento que irá ser dado às vítimas deste flagelo de várias regiões do mundo. A Cáritas de Espanha e a Portuguesa reiteraram a vontade de estar na linha da frente do acolhimento, sempre orientados pela defesa e promoção dos direitos elementares destes seres humanos, sob pena de, se o não fizer, trair a sua identidade e missão.

Foi entendimento comum que é, cada vez mais, importante o estreitamento de relações luso-ibéricas para o cumprimento de metas comuns às Cáritas dos dois países. Tanto a Cáritas Portuguesa como a de Espanha estarão presentes num encontro, em Viena, promovido pela Cáritas Europa, no qual se irão acertar estratégias de resposta a esta emergência.

Ambas as Cáritas confluem no entendimento de que o apoio a dar aos refugiados, mesmo tratando-se de uma situação de grave atentado à dignidade de pessoas indefesas, não se deve sobrepor à proteção social que é devida aos cidadãos dos nossos países, que se encontram em manifesto desfavorecimento económico e social.

Em breve a Cáritas Portuguesa receberá a visita da Direção da Cáritas Espanhola.