Papa Francisco pede “mesa para quem tem fome”
Na abertura da Assembleia Geral da Cáritas a decorrer em Roma, o Papa Francisco que presidiu à celebração de abertura dos trabalhos, lembrou na sua homilia perante, cerca de 300 delegados de todo o mundo, a grande responsabilidade que cada um, individualmente, tem na realização da missão da Cáritas: “quem vive a missão da Cáritas não é um simples agente, mas precisamente uma testemunha de Cristo. Uma pessoa que busca por Cristo e que se deixa encontrar por Cristo; uma pessoa que ama com o espírito de Cristo, o espírito da gratuidade, o espírito do dom. Todas as nossas estratégias e planificações permanecem vazias se não existe em nós este amor. Não o nosso amor, mas o seu. Ou, melhor ainda, o nosso purificado e reforçado pelo seu.”
Falando ainda sobre a missão da Confederação, o Papa Francisco, foi muito claro e incisivo ao lembrar que “a Cáritas é Igreja em muitíssimas partes do mundo, e deve difundir-se ainda mais nas diferentes paróquias e comunidades, para renovar o que aconteceu nos primeiros tempos da Igreja. Na verdade, a raiz de todo o vosso serviço reside precisamente no acolhimento, simples e obediente, de Deus e do próximo. Esta é a raiz. Se se arranca esta raiz, a Cáritas morre. E este acolhimento realiza-se pessoalmente em cada um de vós, porque sois vós quem vai pelo mundo, e aí servis em nome de Cristo que encontrastes e que continuais a encontrar em cada irmão e irmã de quem vos aproximais; e é por isto que não se reduz a ser uma simples organização humanitária. E a Cáritas de cada Igreja particular, mesmo a mais pequena, é a mesma: não existem Cáritas grandes nem Cáritas pequenas, todas são iguais.”
Referindo-se à campanha internacional “uma só família humana, alimento para todos”, lançada em toda a rede Cáritas a dezembro de 2013, com o objetivo de alcançar a erradicação da fome no mundo até 2025, o Papa Francisco lembrou que “o planeta tem alimentos para todos, mas parece faltar a vontade de partilhar com todos” neste sentido Francisco lembrou que a “Cáritas prepara tantas mesas para quem tem fome” e encorajou a que todos se disponibilizem para “pôr a mesa para todos, e apelar a que haja uma mesa para todos. Fazer tudo o que está ao nosso alcance para que todos tenham com que se alimentar, mas recordar também aos poderosos deste mundo que Deus lhes pedirá um dia contas, e dará a conhecer se de verdade procuraram providenciar para Ele o alimento em cada pessoa (cf. Mt 25,35) e se agiram de modo a que o ambiente não fosse destruído, mas pudesse produzir este alimento.”
Terminando a sua homília o Santo Padre lembrou todos os que vivem privados “tanto do alimento para o corpo como daquele para o espírito: foram expulsos das suas próprias casas e das suas igrejas, que por vezes foram destruídas. Renovo o apelo a que não esqueçamos estas pessoas e estas intoleráveis injustiças.”
Em véspera de 13 de maio, o Papa Francisco, evocou a Senhora de Fátima, como exemplo de confiança e de amor a Deus: “com um apoio tão grande não temos medo de dar continuidade à nossa missão.”
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