Cáritas Solidária com as Vítimas de Nice
E um novo atentado terrorista abalou o mundo. Desta vez foi novamente em França, na cidade de Nice.
A Cáritas Portuguesa manifesta o seu choque e repugnância por este atentado e deseja expressar a França e a todos os franceses a sua mais profunda solidariedade por este crime, recordando que não foi um ato isolado mas que se tratou, infelizmente, apenas de mais um entre os muitos atentados terroristas que têm assolado tantos países do mundo nos últimos tempos.
Neste momento de dor e de lágrimas, importa recordar as mais recentes palavras do Santo Padre dirigidas à Caritas Internationalis, no âmbito da campanha “Síria: a paz é possível”. Nessa Mensagem, o Papa Francisco deixa-nos um alerta que agora, quando ainda ressoam as sirenes dos bombeiros e da polícia nas ruas de Nice, ganha um significado redobrado: “Todos devem reconhecer que não existe uma solução militar para a Síria, mas somente uma solução política”.
É pois necessário que todos nos empenhemos em contribuir para essa “solução política” que ponha fim à guerra na Síria, mas também à guerra no Iraque, na Líbia e em tantos outros países do mundo.
A Cáritas Portuguesa lança pois um apelo a todos os políticos, sobretudo aos que atuam em fóruns internacionais, nomeadamente ao nível das Nações Unidas, para que respondam ativamente ao desafio que está inscrito nas palavras do Papa Francisco.
Este atentado, que encheu de sangue as ruas de Nice, em França, vem demonstrar, uma vez mais, como o valor e a dignidade da vida humana estão secundarizados neste tempo em que vivemos.
Inclinados em respeito pelas vítimas deste atentado e solidários com a dor dos seus familiares e amigos, a Cáritas Portuguesa renova perante todos o compromisso de continuar a contribuir para a construção de uma sociedade com mais justiça social, uma sociedade que seja mais misericordiosa, mas que não rejeita a responsabilização de quem tem este tipo de comportamentos e lança um apelo a todos os verdadeiros crentes para que assumam também um maior compromisso na vida pública, onde quer que se encontrem, correspondendo ao desejo do Santo Padre para que se possa construir uma sociedade mais justa e fraterna.
Nestas horas de luto, a Cáritas Portuguesa lembra ainda os milhares de refugiados que se encontram a viver em condições terríveis em tantos países, sem expectativas de futuro, depois de terem fugido da guerra, da opressão e da violência destes terroristas, esperando que carnificinas deste tipo não endureçam os nossos corações.
A todos, a Cáritas Portuguesa expressa a sua mais profunda solidariedade na convicção plena de que a paz é o bem maior que pode ser construído pela humanidade e que todos somos chamados a ser construtores de um mundo sem ódio, terror e opressão.
Eugénio Fonseca – Presidente da Caritas Portuguesa