Crianças Cáritas Áustria
A Cáritas Diocesana de Lamego recordou, na passada semana, o acontecimento histórico que foi o generoso acolhimento de crianças, principalmente da Áustria, refugiadas na 2ª Grande Guerra Mundial. Esta Cáritas, como outras, associou-se à evocação desse inesquecível facto ao aceitar a exposição itinerante com o titulo “Crianças Cáritas Áustria”.
Trata-se de uma exposição que tem percorrido várias cidades do país. Tendo Lamego sido uma das cidades que mais crianças acolheu, a abertura oficial desta exposição, que estará patente ao público no Museu da Diocesano foi um momento de fazer memória e manifestar afetos, dado que estiveram presentes representantes de famílias que acolheram e uma “criança” que foi nessa ocasião acolhida.
Esta exposição evoca, também, o 60º aniversário da Cáritas Portuguesa, dado que nasceu após a realização deste tão exigente, mas gratificante missão.
“A 2ª Guerra Mundial foi, sem dúvida alguma, uma época que deixou marcas, levou à destruição de muitos lugares, sobretudo na Europa, levou para o desemprego e para a miséria milhares de famílias inocentes. As consequências foram nefastas, houve cidades que ficaram destruídas, milhões de mortos e feridos, famílias separadas, crianças que ficaram órfãs e um elevado número de judeus mortos em campos de concentração, lembro Auschwitz. Não devemos permitir que a memória deixe apagar os testemunhos e registos dessa época, pois, momentos como este, podem ocorrer em qualquer momento”, explicou Isabel Mirandela Costa, presidente da Cáritas Diocesana de Lamego, no momento da inauguração onde esteve também presente o presidente da Cáritas Portuguesa, um representante da Embaixada da Áustria, o vigário-geral e o diretor do Museu Diocesano, para além de outras entidades civis e militares.
Lembrando ainda que esta é uma realidade que não está longe da atualidade, “hoje, sabemos que a guerra está instalada em muitos países, onde para além da destruição física de diferentes locais, paira a morte, o sofrimento e a angústia de vítimas inocentes. Uma vez mais estamos a presenciar uma fuga constante de pessoas desses países em busca de alguma paz, e, como sempre, as crianças são as vítimas mais inocentes.”
Esta iniciativa foi enriquecida com a participação da Universidade Sénior que cantou e encantou com alguns números do seu reportório musical.