Cáritas quer agilizar resposta no terreno
As Cáritas Diocesanas reuniram, ontem, dia 28 de outubro, com a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região (CCDR) do Centro, Ana Abrunhosa, em Leiria. Neste encontro Ana Abrunhosa apresentou aos representantes das Cáritas Diocesanas presentes as medidas de apoio à reconstrução e reabilitação das habitações ardidas.
À Cáritas, a presidente da CCDR Centro deixou um desafio concreto: “é necessário um apoio urgente o apoio aos criadores de animais, particularmente, de subsistência. A compra de animais, reparação de currais e anexos de apoio, bem como sementes e alfaias agrícolas. Isto é o melhor que se pode fazer, neste momento, por este território. Através da economia de subsistência vamos manter as pessoas na região. Se as pessoas não tiverem a subsistência não têm razões para se manter na terra.”
Com esta informação, a Cáritas em Portugal irá, a partir deste momento, planear a sua ação no terreno, em articulação com as autarquias locais, de modo a agilizar a ajuda às famílias.
Sobre a reconstrução de habitações Ana Abrunhosa explicou que, na sequência das medidas tomadas em Conselho de Ministros, todo o apoio estará contemplado pela verba disponibilizada que se estima, para já, em 30 milhões de euros.
“A Cáritas não quer trabalhar sozinha” lembra Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa, sublinhando que “os protagonistas têm de ser os que sofreram com os incêndios.”
Sobre o trabalho no terreno, Ana Abrunhosa, lembrou que “Pedrogão foi uma experiência com muitas lições. Uma experiência de vida única. Infelizmente dotou-nos de competências para enfrentar uma nova situação. Temos aprendido muito com os métodos utilizados e com a experiência das Cáritas Diocesanas envolvidas há muitos anos no apoio de emergência e estamos a trabalhar de forma articulada com todos.”