Teve início, hoje, no Vaticano, uma Conferência Internacional sobre DROGA E DEPENDÊNCIA – um obstáculo ao Desenvolvimento Humano Integral. Entre os participantes encontra-se o presidente da Cáritas Portuguesa.

Os trabalhos iniciaram-se com uma intervenção da Cardeal Peter Turkson que deixou clara a sua preocupação relativa a qualquer tipo de dependências, acentuando, porém, que «as das drogas, das apostas, da internet, não só são ameaça à liberdade de cada pessoa, como tem acabado com a esperança de muitas vidas». Deixou claro que «este é um problema que interessa, e muito, à Igreja por se tratarem de pessoas das mais fragilizadas», cintado o número 1 da Gaudiun Et Spes. Relevou, contudo, que «só em conjunto se podem encontrar as soluções apropriadas, que passam por redescobrir a dignidade existente em cada ser humano como a primeira tarefa de todas».

Com a intervenção de diferentes organismos oficiais que operam nesta área, em várias partes do mundo, constatou-se que este é um negócio dos mais rentáveis do mundo e que mais de 66% do mercado das drogas se efetua pela internet, facto que é difícil de controlar.

Mons. Janusz Urbanczyk, Observador Permanente do Vaticano para estas questões junto das Nações Unidas abordou os termos em que a Santa Sé aceitou ratificar a Convenção Internacional sobre a droga. Resumiu-os nos seguintes: na criação de medidas que visem o respeito da vida e da dignidade da pessoa como procedimentos intocáveis e inalienáveis; o estimulo ao aparecimento de medidas de política de forte rasgo interventivo que apostem no desenvolvimento integral dos países produtores de drogas; o reconhecimento da família como a maior força social para a promoção dos valores do amor e da solidariedade.

O capitão Riccardo Napoli, comandante da sessão operativa central  – Carabinieri NAS, apontou o tráfico e consumo de drogas como um dos mais preocupantes fatores desagregadores da humanidade.

Os trabalhos terminam este sábado com abordagens mais no âmbito teológico, antropológico e ético pastoral. Prevenção e educação; cura e reabilitação; contribuição das comunidades eclesiais e suas organizações, serão os temas em debate.

A Conferência encerrará, no próximo sábado, com a presença do Papa Francisco.