Descrição
Para adquirir este livro online, faça a sua encomenda no site da Paulus ou no site da Wook, ou envie-nos um email para editorial@caritas.pt
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Autor: Vários
Editora: Editorial Cáritas
Publicado em: 2011
Preço: € 12,00
Os aflitos que olham profundamente o futuro recorrem à razão e pedem auxílio à fé. Só uma lógica do dom e uma análise de verdade rasgarão sendas de autêntico desenvolvimento na vida social dos próximos tempos. Muitas questões se colocam: afinal desmorona-se um sistema económico, no seio de um paradigma internacional, ou apenas revela carência de políticos que defendam o bem comum dos cidadãos, isto é sejam estadistas, gente que vigie os interesses do Estado e intervenha com determinação e rapidez? Urgirá alterar bruscamente o sistema político, no fervilhar de incertezas quanto ao futuro, porque o peso das estruturas adia caminhos inevitáveis, ou bastará reformar com rigor as vias democráticas? Prevê-se uma crise social grave, no panorama global e ninguém tem receitas para tanta moléstia. Alguns optam pela distracção lúdica que sacode a responsabilidade e entretida vê novelas, aplaude no estádio ou abana o capacete… A tentação de opções individualistas e isoladas contraria as tarefas globais, tão necessitadas de concretização.
O Papa Bento XVI ofereceu à nossa reflexão um instrumento notável: a Caritas in Veritate. Importa ler, reler, retirar orientações e chegar a conclusões bem fundamentadas num discernimento cristão e criativo. A realidade que nos envolve e atinge é complexa, mas não é indecifrável. As pistas luminosas da encíclica constituem pão forte para mentes lúcidas e estratégias coerentes. O Santo Padre ousa propor uma nova lógica. Perante a lógica do poder ou a lógica mercantil importa reconhecer a lógica do dom.Para Bento XVI “o desenvolvimento económico, social e político precisa, se quiser ser autenticamente humano, de dar espaço ao princípio da gratuidade como expressão de fraternidade.” (n. 34). Mais adiante afirma: “o princípio de gratuidade e a lógica do dom como expressão da fraternidade podem e devem encontrar lugar dentro da actividade económica normal. Isto é uma exigência do homem no tempo actual, mas também da própria razão económica. Trata-se de uma exigência simultaneamente da caridade e da verdade”. (n.36). Pode concluir: “O mercado da gratuidade não existe, tal como não se podem estabelecer por lei comportamentos gratuitos, e todavia tanto o mercado como a política precisam de pessoas abertas ao dom recíproco” (n.39).
Reúnem-se aqui os contributos do Encontro de Pastoral Social de 2010. Importa lê-los e discutir, debater e questionar as práticas. Só uma reflexão profunda sobre os passos firmes e sábios a encetar inspirará as instituições sociais e cada cristão para verdadeiramente se darem aos outros.
D.Carlos A. Moreira Azevedo
Presidente da Comissão Episcopal de Pastoral Social
Fátima, 14 de Setembro de 2010
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