Estudantes de Lisboa chamados a ser agentes da Doutrina Social da Igreja
Um curso universitário não é um fim, mas um início de uma missão, “vivida com entusiasmo, de construir uma sociedade marcada pela justiça, pela verdade, pela generosidade e pelo amor” afirmou D. José Policarpo na 25ª Bênção de Finalistas do Patriarcado de Lisboa.
A Alameda das Universidades recebeu as centenas de estudantes na cerimónia que o Cardeal Patriarca de Lisboa apelidou de “uma atitude de fé”, porque a sua presença manifesta “o sentido e a responsabilidade” que a fé atribui. “O cristão é chamado a descobrir o sentido de todas as coisas à luz da fé”, porque quem se empenha na construção da sociedade “tem de ter uma sabedoria que o inspira e orienta nos discernimentos”.
O percurso académico “preparou-vos para serdes intervenientes, generosos e responsáveis, na construção de uma sociedade digna do homem”. Este término coincide com o quadragésimo aniversário da Encíclica do Papa Paulo VI «Populorum Progressio», “sobre o desenvolvimento dos povos à luz da sabedoria evangélica que hoje se chama doutrina social da Igreja”.
D. José Policarpo lembrou que “o simples progresso económico e tecnológico não garante o integral desenvolvimento da pessoa humana”, acrescentando que “só haverá sociedade digna do homem quando a pessoa humana encontrar condições de se desenvolver e exprimir na totalidade das suas potencialidades e do seu mistério”.
“O que se espera de vós como cristãos, empenhados na construção da cidade terrestre, é que sejais agentes de civilização”, pois esta “não é só, nem sobretudo, obra de políticos”, mas antes “responsabilidade de todos os construtores da cidade”.
“Não lhe basta o fervor religioso, é exigido um discernimento contínuo de ordem cultural e ética”, por isso “a qualidade da vossa fé marcará a qualidade do vosso contributo para uma sociedade mais justa, mais fraterna”, manifestou o Cardeal Patriarca aos estudantes.
E terminou com um desafio lançado à pastoral universitária, “que promovam o seu conhecimento”, da Doutrina Social da Igreja, proporcionando “uma reflexão sobre a nossa realidade social à sua luz”.
Em nome dos estudantes, Ana Clara partilhou a alegria de ver milhares de estudantes pedirem a bênção “ao seu bispo e ver o entusiasmo de tantos finalistas que se juntaram e prepararam esta celebração para dar graças a Deus pelo que recebemos ao longo dos anos de estudo que agora chegam ao fim e pedir a protecção divina para a realização das nossas vidas pessoais e profissionais”.