• Início
  • Quem Somos
    • Identidade
    • Missão, Visão e Valores
    • A NOSSA ORGANIZAÇÃO
      • CORPOS SOCIAIS
      • A NOSSA EQUIPA
    • Publicações Institucionais
  • O Que Fazemos
    • Intervenção Social
      • Inverter Curva da Pobreza
      • PRIORIDADE ÀS CRIANÇAS
      • Cáritas na Escola
      • Emergências Cáritas
      • COVID-19 | A resposta da Cáritas
      • + Próximo
    • Capacitação e Desenvolvimento Institucional
    • Ação Internacional
    • Observatório Cáritas
      • Editorial Cáritas
    • Semana Nacional Cáritas
    • 10 Milhões de Estrelas – Um Gesto Pela Paz
  • Onde Estamos
  • Colabore
    • Parcerias
    • Voluntariado
    • Recrutamento
  • Doar
Logo Image
Bem Vindo(a)
  • Sair
    • Área Admin
      • IntraNet
      • Suporte
    • Todos os Grupos

Sem produtos no carrinho.

Notícias

Muhammad Yunus passou por Lisboa e explicou a contribuição do microcrédito para a paz

  • 23/03/2007
  • Notícias

Muhammad Yunus“Os pobres merecem crédito” – defendeu ontem (22 de Março), Muhammad Yunus, Prémio Nobel da Paz em 2006, na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa. E acrescenta logo de seguida: “Se alguém disser o contrário eu digo que é mentira”. Nascido no Bangladesh, que se tornou independente do Paquistão em 1971, este professor universitário leccionava nos EUA quando se deu a separação. “Não foi um processo fácil porque se derramou muito sangue” – disse. A euforia inicial “tornou-se um pesadelo”.

Ao saber que o seu país estava naquele estado lastimoso, Muhammad Yunus decide voltar para a pátria. “Fui ensinar Economia” mas junto ao campus universitário “via pessoas morrerem à fome”. As salas de aula “pareciam cinema” porque “lá fora a realidade era diferente” – sublinhou na sua conferência sobre «Microcrédito: um contributo para a paz».

A universidade da aldeia
A situação agrava-se com o “passar dos dias”. Apesar da “arrogância de ter o doutoramento, tinha de fazer algo” porque “ver fome junto à Universidade era terrível”. O prémio Nobel da Paz sentiu que poderia ser útil ao seu povo. “Àqueles que viviam sem nada junto ao estabelecimento de ensino”. Depois das aulas, o professor Yunus ia às aldeias vizinhas para aprofundar as razões de tal pobreza. “A aldeia passou a ser a minha universidade” – garantiu aos presentes na Fundação Calouste Gulbenkian.

Se na carreira académica, a abstracção era o caminho, na aldeia o que “contava era os seres humanos que viviam na pobreza extrema”. E utiliza uma expressão curiosa: “a minhoca anda devagar mas chega ao destino”. Este foi o ponto de partida para abordar os habitantes pequena povoação. Depois de observar uma mulher que fazia bancos com bambus – “verdadeiras obras de arte” – perguntou-lhe, depois de várias tentativas, quanto ganhava com o seu trabalho. “25 cêntimos” – foi a resposta da habilidosa senhora. “Não era possível aquele trabalho valer somente aquela verba” – relata.

A primeira luz do Grameen Bank
Com curiosidade de economista, Yunus aprofunda o porquê daquela situação. “Percebi que a senhora tinha pedido dinheiro emprestado para fazer os bancos e, em contrapartida, o agiota fica com o material ao preço que mais lhe convêm” – declarou. Os pobres ficavam cada vez mais pobres porque outros habitantes da aldeia recorriam também a agiotas. “Era um negócio que tornava as pessoas escravas”. “Fez-se luz e decidi pagar estes empréstimos (cerca de 27 dólares)” – disse o Prémio Nobel.

Com tal atitude, Muhammad Yunus passou a ser visto “como um anjo” – relatou. E brinca: “Um anjo por 27 dólares”. Com a ajuda de alunos, a pesquisa e os inquéritos continuaram. Depois de reparar na burocracia dos bancos tradicionais, Yunus decide criar um banco que “trabalha numa lógica invertida”. E explica: “quanto menos tiveres, mais interessados estamos em ti”. Nasceu Grameen Bank (Banco da Aldeia)

Se, inicialmente, o recrutamento de funcionários parecia um entrave, com o passar dos tempos “os jovens empregados sentiam-se úteis”. “Preferiam o contacto com os pobres da aldeia em detrimento dos luxos da cidade” – descreveu. Hoje, o Grameen Bank tem cerca de 24 mil empregados que procuram pobres “para emprestar dinheiro”. Ao contrário dos bancos tradicionais, o banco fundado por Yunus vai a casa das pessoas. E conta dados curiosos: “Se a casa tiver mais de uma divisão ou então se tiver algumas mobília o potencial cliente não interessa”.

Incutimos coragem nas pessoas
Como no Bangladesh existe a tradição de não pedir dinheiro emprestado, “nós incutimos coragem nas pessoas”. E avança: “não somos agiotas. Funcionamos à base da confiança”. Para recorrerem ao microcrédito, o Grameen Bank não quer garantias bancárias nem a história pessoal do cliente. “A melhor apresentação é: voçê é um ser humano”. Como não estão interessados no passado das pessoas mas no futuro, Muhammad Yunus sublinha que “temos cerca de 7 milhões de clientes e 97% destes são mulheres”.

De onde vem o crédito? “Aceitamos depósitos – até damos uma boa taxa de juro – que serve para, posteriormente, emprestar aos mais necessitados” – respondeu. Logo de seguida, o Prémio Nobel da Paz realça que os clientes a quem emprestam dinheiro “também poupam”. “Cerca de 70% dos depósitos são de clientes que emprestámos dinheiro”.

A filosofia do Grameen Bank tirou da miséria muitos habitantes do Bangladesh. “No nosso país a pobreza está a diminuir e iremos cumprir um dos objectivos do milénio – reduzir a pobreza para metade – até 2015”. Graças ao microcrédito, o estatuto da mulher naquele país mudou. “A taxa de natalidade caiu drasticamente e a mortalidade infantil baixou imenso” – revelou. E concluiu: “com o microcrédito contribuímos para uma sociedade mais justa”.

Fonte: Agência Ecclesia


%título%título

Sites de interesse

Caritas Internationalis

Cáritas Europa

Santa Sé

Conferência Episcopal Portuguesa

 

Contactos

Praça Pasteur 11 – 2º Esq.,
1000-238 Lisboa

caritas@caritas.pt

+351 218 454 220

Cáritas Portuguesa

Plataforma de Projetos das Cáritas Lusófonas

Sistema de Proteção

Compromisso Ecológico

 

Entidade Familiarmente Responsável

Redes Sociais

Update cookies preferences

© 2023 Todos os direitos reservados. — Política de Privacidade

Loading...

Inserir/editar ligação

Indique o URL de destino

Ou crie uma ligação para conteúdo existente

    Nenhum termo de pesquisa especificado. Mostrando os itens mais recentes. Procure ou use as setas para cima ou baixo para seleccionar um item.