• Início
  • Quem Somos
    • Identidade
    • Missão, Visão e Valores
    • A NOSSA ORGANIZAÇÃO
      • CORPOS SOCIAIS
      • A NOSSA EQUIPA
    • Publicações Institucionais
  • O Que Fazemos
    • Intervenção Social
      • Inverter Curva da Pobreza
      • PRIORIDADE ÀS CRIANÇAS
      • Cáritas na Escola
      • Emergências Cáritas
      • COVID-19 | A resposta da Cáritas
      • + Próximo
    • Capacitação e Desenvolvimento Institucional
    • Ação Internacional
    • Observatório Cáritas
      • Editorial Cáritas
    • Semana Nacional Cáritas
    • 10 Milhões de Estrelas – Um Gesto Pela Paz
  • Onde Estamos
  • Colabore
    • Parcerias
    • Voluntariado
    • Recrutamento
  • Doar
Logo Image
Bem Vindo(a)
  • Sair
    • Área Admin
      • IntraNet
      • Suporte
    • Todos os Grupos

Sem produtos no carrinho.

Notícias

Homilia de D. Jorge Ortiga na celebração de encerramento da Semana Social de 2009

  • 23/11/2009
  • Notícias

D. JOrge OrtigaA Igreja deve renovar o seu compromisso “de mostrar que, sem um trabalho sério por parte de todos, o desenvolvimento nunca encontrará expressões de verdadeira dignidade para todas as pessoas” e “teremos que exercer uma atitude crítica e não ter medo de exercer pressão para que as diversas instâncias o respeitem e promovam” – afirmou D. Jorge Ortiga, Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, na Homilia de encerramento da Semana Social 2009.

A Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, teve diversas interpretações ao longo da história. Recordamos, ainda, o compromisso, através duma interpretação literal, para que Cristo reinasse verdadeiramente em todos os ambientes, exigindo uma militância organizada e realizadora de actos tendencionalmente triunfalistas. A partir da comunidade o mundo deveria ser conquistado.

Hoje sabemo-nos e orgulhamo-nos de ser cidadãos no mundo com um projecto especificamente dominado pelo amor. O amor que é Deus e que deve ser acolhido e doado. Ele é “derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo” (Rom 5,5) e a partir daí torna-se um “Amor criador” ou seja, fonte duma sociedade nova. Somos “destinatários do amor de Deus” numa experiência gratificante e marcada pelo sentido de plenitude e aceitamos ser “sujeitos” do mesmo amor para, como instrumentos humildes, “difundir a caridade de Deus e tecer redes de caridade” (C. in. V. 5).

Esta é a realeza de Cristo que, não sendo deste mundo, está neste mundo e permite que Ele seja “aquele que é, que era e que há-de vir” (Ap 1, 8).

O triunfalismo desaparece mas o Seu espírito vivifica e gera uma sociedade pautada por critérios de igualdade e dignidade de todas as pessoas humanas com a consequente experiência de fraternidade universal. E daí que o caminho da Igreja deve ser uma consciente “proclamação da verdade do amor de Cristo na sociedade”.

Tornando a caridade verdadeira, no pensamento do Papa Bento XVI, a vida do discípulo de Cristo deve assumir critérios orientadores onde o bem comum aparece como objectivo primordial. Possuído pelo amor criativo compromete-se na prossecução do “bem de todos os homens e do homem todo”, sabendo que ninguém se pode fechar em si mas que deve interpretar o seu agir como um ser “com” e “pelos” outros. Ao lado das pessoas, todas as formas de sociabilidade – família, empresas, associações, estado, autarquias… – terão de reconhecer o bem comum como “o constitutivo do seu significado e da autêntica razão do ser da sua subsistência” (Pacem in terris 1963).

Se o bem comum orienta o agir das pessoas e das associações, a Igreja e os cristãos comprometem-se com ele para que o seu agir se torne sinal interpelativo. Não basta exigir do Estado uma lei que reconheça que ao lado do bem individual deve estar o bem comum, como “o bem daquele, nós – todos”, formado por indivíduos, famílias e grupos intermédios que se unem em comunidade social.” Hoje, mais do que nunca, o cristão “é chamado” conforme a sua vocação e segundo as suas possibilidades, a “incidir na polis”, mostrando uma preocupação em dar resposta às necessidades reais de todos os cidadãos.

São muitas as exigências do mesmo bem comum que a Igreja não pode ignorar. “O empenho na paz, a organização dos poderes do Estado, uma sólida ordem jurídica, a protecção do ambiente, a prestação dos serviços essenciais às pessoas, alguns dos quais são, ao mesmo tempo, direitos do homem: alimentação, habitação, trabalho, educação e acesso à cultura, saúde, transportes, livre circulação das informações e tutela da liberdade religiosa” não podem ser afastadas da agenda do agir do cristão e das diversas instâncias eclesiais.

Como Igreja teremos de renovar o nosso compromisso de mostrar que, sem um trabalho sério por parte de todos, o desenvolvimento nunca encontrará expressões de verdadeira dignidade para todas as pessoas. Ao mesmo tempo, teremos que exercer uma atitude crítica e não ter medo de exercer pressão para que as diversas instâncias o respeitem e promovam. O Compêndio da Doutrina Social da Igreja deixa-nos uma recomendação pertinente e responsabilizante. “O bem comum exige ser servido plenamente, não segundo visões redutoras subordinadas às vantagens parciais que dele se podem retirar, mas com base numa lógica que tende à mais ampla responsabilização” (C.D.S.I. 166).

Esta Semana Social, na linha das anteriores, deveria dar-nos uma maior sensibilidade e coragem para lutar contra todas as visões redutoras e parciais no duplo sentido da palavra, ou seja, em termos de não pensar em todos e de não integrar todas as dimensões no autêntico desenvolvimento. Quando se impede e não se reconhece a dimensão transcendente da pessoa estamos a mutilar a verdadeira realização humana e a ofender uma das exigências do bem comum; quando se favorecem grupos ou se desconsideram os mais frágeis e marginalizam as minorias, permitimos que a desigualdade cresça e que existam privilegiados e protegidos. Daí que, em nome do bem comum, importa acreditar que a vivência da caridade na verdade se pode expressar na luta pelo bem de todos e pela denúncia de situações reais lesivas da dignidade. A acção da Igreja também passa por aqui e os leigos, na característica duma vocação de compromisso especial com as realidades terrestres, não podem esquecer este compromisso, refugiando-se num devocionismo intimista ou concentrando-se num trabalho pastoral no âmbito restrito das comunidades.

A Solenidade que hoje celebramos aponta este horizonte do Verdadeiro Reino de Cristo. Ele acontece na justiça, na igualdade, na fraternidade, na solidariedade. Ignorar estes valores e esquecer um compromisso para que eles permeiem o tecido da sociedade hodierna pode conduzir-nos a reconhecer que Cristo “era” pessoa renovadora da comunidade e que “hoje” perde a sua incidência sem nos dar a certeza da Sua presença no coração das pessoas nos tempos que “hão-de vir”.

O hoje de Portugal e do mundo está a solicitar menor triunfalismo por parte da Igreja, mas maior empenho e presença nas realidades terrestres. A nossa demissão permite que outro modelo da sociedade avance. Não temos consciência disto?

É tempo de acordar para a luta e promoção do Bem Comum.

D. Jorge Ortiga, A.P. de Braga e Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa
Aveiro (Sé Catedral) 22-11-09

Fonte: Agência Ecclesia


%título%título

Sites de interesse

Caritas Internationalis

Cáritas Europa

Santa Sé

Conferência Episcopal Portuguesa

 

Contactos

Praça Pasteur 11 – 2º Esq.,
1000-238 Lisboa

caritas@caritas.pt

+351 218 454 220

Cáritas Portuguesa

Plataforma de Projetos das Cáritas Lusófonas

Sistema de Proteção

Compromisso Ecológico

 

Entidade Familiarmente Responsável

Redes Sociais

Update cookies preferences

© 2023 Todos os direitos reservados. — Política de Privacidade

Loading...

Inserir/editar ligação

Indique o URL de destino

Ou crie uma ligação para conteúdo existente

    Nenhum termo de pesquisa especificado. Mostrando os itens mais recentes. Procure ou use as setas para cima ou baixo para seleccionar um item.