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Está já em execução o protocolo entre a Cáritas Portuguesa e o Grupo Dinâmico. Esta parceria permite às famílias, com problemas de endividamento, receberem um atendimento especializado e serem encaminhadas para a melhor forma de resolver os seus problemas. Combater o desconhecimento da lei e dar às famílias caminhos de esperança é o objectivo deste protocolo.

Começou já o trabalho de colaboração entre Cáritas Portuguesa e o Grupo Dinâmico. Oferecendo um serviço de aconselhamento às famílias para a resolução dos seus problemas de sobreendividamento, o Grupo Dinâmico quer, desta forma, ser um instrumento de apoio para aqueles que chegaram a situações limite e que se vêm sem perspectivas. Este é aliás o primeiro problema a combater, afirma Isabel Alves, que lamenta o facto de quase sempre “as pessoas chegarem até nós em situações muito complicadas e com poucas alternativas”. O que este grupo se propõem fazer é ajudar as famílias endividadas a recuperarem o seu chão mostrando-lhe que caminhos seguir e, sobretudo, dando-lhes informação: “as pessoas têm muita falta de informação e isso leva-as a terem dificuldade em negociar com as financiadoras”, explica Isabel Alves.

“As pessoas chegam até nós em pânico”, é assim que Isabel Alves fala do sentimento e estado espírito das pessoas que procuram o Grupo Dinâmico, “o que eu sinto é que as pessoas saem do nosso gabinete com uma sensação de alivio e com a noção de que, em principio, há uma solução”. Aconselhamento em matéria de dívidas, renegociação de créditos, consolidação de dívidas e apoio um grande apoio na reeducação financeira das famílias ajudando-as a perceber como lidar com a situação em que se encontram e a organizarem os seus rendimentos, são áreas de acção do Grupo Dinâmico.

O aconselhamento às famílias na Caritas Portuguesa surge enquadrada nos valores da empresa que quer com o seu trabalho devolver às famílias a “tranquilidade e qualidade de vida” que algumas deixaram de ter há muito tempo. O contacto directo com as Caritas Diocesanas será o próximo passo, nomeadamente, com a possibilidade de se fazerem sessões de esclarecimento onde são abordadas temáticas relacionadas com a economia doméstica. Este é um trabalho que se quer de muita proximidade sabendo-se de antemão que nem todas as pessoas têm a mesma capacidade de enfrentar as suas dificuldades e, principalmente, de as expor. No entanto, Isabel Alves admite que “às vezes é mais fácil às pessoas deslocarem-se e abrirem-se fora do seu meio onde se sentem mais expostas”.