Encontro Nacional da Pastoral da Saúde
Está a decorrer, em Fátima, o Encontro Nacional da Pastoral da Saúde, com o tema “Cuidados de Saúde, Lugares de Esperança”. A Caritas Portuguesa está presente neste encontro partilhando a sua experiência em Portugal.
Eugénio Fonseca estará presente, em Fátima, apresentando o trabalho da Cáritas que, ao longo dos anos, está assente em 5 eixos: pastoral, assistência, promoção humana, desenvolvimento sócio-local e intervenção social. Na sua participação o presidente da Caritas portuguesa sublinha que “os cuidados de saúde (preventivos e curativos) são transversais a todos estes eixos, porque ser ou não saudável é uma situação que afecta a pessoa toda e todas as pessoas. Estes são dois dos princípios orientadores da missão da Cáritas: o respeito incondicional pela dignidade de cada ser humano e a universalidade”.
Apresentando o caso concreto da Cáritas Diocesana de Coimbra, a única da rede Cáritas que assumiu a orientação de uma clínica e uma Casa de Saúde, Eugénio Fonseca, explica que “a dimensão da acção Cáritas e a sua natureza são expressão da responsabilidade eclesial e social que lhe permitem ser referencial dinamizador e transformador de toda a sociedade em prol do bem comum”. Por esta razão, defende o presidente da Caritas, “no que respeita a cuidados de saúde, é desejável que as unidades de saúde católicas contribuam, objectivamente, para a edificação do bem comum, sendo espaços de bem-estar e de esperança. Podem concorrer para isso, nomeadamente, a sua integração no sistema nacional de saúde, o relacionamento com as famílias dos utentes e com as comunidades locais e, naturalmente, a gestão interna.
Sobre a integração no sistema nacional de saúde, Eugénio Fonseca, sublinha algumas das orientações que considera essenciais para que haja cooperação entre as unidades de saúde católicas e as que integram o sub-sistema privado, entre elas: “a universalidade e a qualidade dos cuidados de saúde e a conciliação de interesses; a conciliação de interesses privados e bem-comum; atribuir prioridades à cooperação entre unidades de saúde; diálogo solidário entre os sub-sistema privado e o Estado; não lutar por vantagens com base na confessionalidade, nem noutros critérios diferentes da quantidade e qualidade dos serviços prestados; aceitação activa da centralidade do Serviço Nacional de Saúde, como base fundamental do direito universal à saúde e da qualidade dos cuidados”.
Com base na já referida experiência da Caritas Diocesana de Coimbra, refere o presidente da Cáritas nacional, que é fundamental não esquecer neste processo o papel da família e das próprias comunidades locais. Os contactos regulares com as famílias quer seja através de profissionais de saúde ou do serviço social, na figura de visitadores que poderia ser voluntários, nomeadamente, nas unidades de saúde católicas, são essenciais, assim como a cooperação entre as diferentes instituições sociais que se encontrem nas comunidades locais.
Como sugestão o presidente da Caritas Portuguesa, Eugénio Fonseca, sugere a criação, qualificação e funcionamento de uma bolsa de cuidadores informais.
Centro viHda+
Unidade de Cuidados de Longa Duração e Manuentenção, Centro Farol
Caritas Diocesana de Coimbra
Internamento para grandes dependentes com 45 camas.
Unidade de Cuidados Integrados e Continuados de Longa Duração e Manutenção, no âmbito da Rede Nacional de Cuidados Continuados, à qual estão afectas 37 camas.
Apoio Domiciliário Integrado
Projeto-piloto, que integra serviço de apoio domiciliário com a prestação de cuidados de saúde, através do qual se apoiam 10 utentes.
Clínica de Medicina Física e Reabilitação
É uma clínica que, além de servir diariamente a resposta de internamento para grandes dependentes, se dirige a pessoas do exterior que necessitam de cuidados de medicina física e reabilitação, abrangendo mais de 4.000 pessoas por mês.
A mensagem de abertura para este encontro anual, escrita pelo Monsenhor Vítor Feytor Pinto, Coordenador Nacional da Pastoral da Saúde fala da necessidade de se estudar “a Saúde em Portugal hoje, as qualidade dos cuidados, os apoios sociais indispensáveis, a organização dos serviços, a sua humanização e igualitarização, o recurso aos medicamentos, a assistência Espiritual e Religiosa”.