Projecto “+Próximo “ apresenta materiais pedagógicos
No próximo dia 26 de Maio, em Fátima, vão ser apresentados os manuais pedagógicos no âmbito da “Acção Social Paroquial”. Estes materiais serão apresentados durante uma acção de formação para formadores diocesanos, integrada no projecto “+ Próximo”.
A formação, destinada a todos os que estão integrados em organismos de acção social, aliada à apresentação dos manuais é o arranque de um trabalho que tem por objectivo a unificação de pensamento. Para os responsáveis pelo “+Próximo” estes manuais pedagógicos são uma síntese da muita documentação que existe sobre este assunto não havendo, no entanto, um elemento comum que os congregue e os transmita para os agentes. A ideia é fazer isto mesmo, ou seja, colocar a informação existente em documentos formativos que sejam o pensar e o agir da Igreja Portuguesa para a acção social. Este é um projecto que parte da Cáritas Portuguesa como proposta para a Igreja uma vez que esta é a expressão da caridade da Igreja e é a organização que tem, no terreno, mais experiência de acção social paroquial.
É um desafio que tem pela frente algumas dificuldades de implementação a começar pela sua aceitação. A Cáritas Portuguesa está consciente disso mas entende que faz parte da sua missão assumir este trabalho, sensibilizando e envolvendo as comunidades paroquias e promovendo a formação e a produção de conteúdos. A acção social na paróquia é algo que já existe mas é feita individualmente, por diferentes grupos, com diferentes identidades, este projecto vem propor uma linha de orientação comum.
A partir daqui desafiam-se as dioceses à criação de equipas diocesanas de acção social que deverão ser “mandatadas” para este trabalho que terá de ter expressão diocesana. Este é o primeiro desafio existindo outros entre eles a criação de uma “bolsa de formadores” que seja responsável por oferecer formação à diocese.
O projecto “+ Próximo” não quer ser mais uma resposta social, pelo contrário, o que se pretende é integrar tudo aquilo que já existe, ou seja, os grupos são chamados a conhecer as situações de emergência que existem nas suas comunidades e saber acompanhá-los e encaminha-los para respostas já existentes.
A persistência da pobreza e, nalgumas vertentes, até o seu crescimento, colocam em evidência a necessidade de se definirem novas estratégias pastorais que terão de assentar obrigatoriamente na ideia de desenvolvimento ajudando as pessoas a encontrarem o seu próprio destino. O envolvimento da comunidade, a relação de vizinhança/proximidade e a responsabilização dos cristão são elementos dos quais depende o sucesso de todo este processo que estando ainda numa faz inicial tem a ousadia de ser uma proposta universal de renovação da acção social na Igreja Católica.