“Nuno Álvares Pereira, Uma homenagem por cumprir em Lisboa”
António Gonçalves Lourenço, foi em 1940 Assistente dos Serviços de Acção Social. Neste quadro, contribuiu, no seu campo de acção, para minorar os efeitos que se faziam sentir no País em razão da II Guerra Mundial, tomando como sua bandeira o lema do Instituto Nacional do Trabalho: “Fazer justiça a todos, protegendo os mais fracos.” Anos mais tarde assumiu o lugar de Chefe de Repartição das Habitações Económicas, em que se incluíam as de propriedade resolúvel. À época, Lisboa debatia-se com sérios problemas de ordem habitacional. A crescente afluência a Lisboa de pessoas, muitas vezes sem recursos, vindas de todos os pontos de Portugal e a decorrente proliferação desordenada de habitações ilegais e sem quaisquer condições sobretudo na periferia da cidade eram um problema de difícil resolução.
Em 1959, é convidado a candidatar-se à Câmara Municipal de Lisboa, como vereador, e, para além da questão habitacional e do empenho, em vão, pela implantação em Lisboa de uma estátua de D. Nuno Álvares Pereira.
António Gonçalves optou por não ter qualquer lucro com a venda desta sua obra oferecendo o resultado das vendas inteiramente à Cáritas Portuguesa. Toma esta opção pelas “semelhanças entre o que é hoje a missão da Cáritas e a que foi na época a última missão de Nuno Álavares Pereira: o desprendimento e o serviço a Deus e aos outros”.