“Emergências” reúnem Cáritas Diocesanas em Fátima
Ontem, decorreu, em Fátima, o encontro nacional dos promotores do Programa (+)Próximo. Estiveram presentes mais de cinquenta pessoas, de catorze Cáritas diocesanas. O encontro teve como objetivos a sensibilização das Cáritas diocesanas para a ação da Cáritas em contexto de Emergências e Calamidades, a apresentação o módulo formativo sobre a Pastoral das Migrações, que se encontra em fase de conclusão, e ainda a partilha de boas práticas deste Programa.
Da apresentação e sensibilização sobre “Emergências na Cáritas”, feita por Duarte Caldeira, anterior presidente da Liga Portuguesa dos Bombeiros, destacam-se três ideias fundamentais: “Cidadão informado é um cidadão protegido”; “Prevenir é melhor que remediar”; e “Instituição preparada é uma instituição responsável”. Da apresentação do módulo Pastoral das Migrações, feita por Eugénia Quaresma, diretora da Obra Católica Portuguesa das Migrações, registe-se a sua chamada de atenção relativa ao enquadramento: para o que é, porque existe, como se organiza e que tipo de envolvimento devem ter os cristãos católicos a partir e com as suas comunidades humanas e cristãs.
Neste encontro houve ainda oportunidade para cada Cáritas diocesana presente apresentar, sucintamente, a sua avaliação e as atividades concretizadas e a realizar ainda durante este ano no que se refere ao Programa (+)Próximo. De registar a multiplicidade de abordagens do Programa consoante as especificidades de cada Diocese e também a unidade no essencial deste Programa: animar e qualificar as paróquias em cada Diocese, em particular, os agentes da Pastoral Social.
Deste encontro sai, claramente, um reforço da importância deste Programa, seja no âmbito da Cáritas Diocesana, seja a nível das comunidades paroquiais.
O encerramento do encontro esteve a cargo de Eugénio Fonseca que destacou o sentimento de forte relação fraterna entre todos os participantes. Salientou, ainda, a necessidade de se fazer tudo o que é possível, neste trabalho para “ir e dinamizar as paróquias”, com responsabilidade e esperança cristãs, sem comparações, mas com cooperação entre todos. Eugénio Fonseca apelou àquilo a que chamou de vivência verdadeiramente comunitária que vai para além dos números: “O mal é estarmos parados à espera de situações ideais que não existem”. Importa, por este ou por aquele caminho, ir e dinamizar as paróquias de cada Diocese, sem deixar “que nos roubem a Esperança”(cf. EG 86). Para o presidente da Cáritas Portuguesa o Programa (+)Próximo, que assenta na dinamização e envolvimentos dos grupos paroquias e instituições de pastoral social, está, de facto, a atingir os seus objetivos: animação e qualificação das comunidades paroquiais, adaptada a cada situação, desenvolvendo uma relação de proximidade e de continuidade com o maior número de paróquias possível, em cada Diocese.
Vão ficando claras algumas evidências, nomeadamente, a nível da animação e dinamização das comunidades, resultando na criação de novos grupos paroquiais de ação social, pelo que se justifica, por parte da direção da Cáritas Portuguesa, uma palavra de enorme gratidão a todos por tanto bem que está a ser feito em todo o país.
Face à partilha feita pelas Cáritas diocesanas, ficaram também algumas recomendações. Em primeiro lugar, a oportunidade de levar o módulo da Doutrina Social da Igreja para a formação de jovens e adultos, no sentido de se abrirem à solidariedade e à ação social da Igreja, tal como já está a acontecer em algumas dioceses, nomeadamente na preparação para a celebração do sacramento do crisma. Depois, a oportunidade de levar esta formação para contextos não eclesiais, procurando adaptar conteúdos aos respetivos destinatários. Um exemplo é a temática das Emergências, como dimensão fundamental da Cáritas, que pode ser dinamizado em diversos contextos e “fazer pontes”.
O presidente da Cáritas Portuguesa, Eugénio Fonseca, terminou a sua intervenção lembrando que a gestão de valências das Cáritas diocesanas não deve impedir a realização deste serviço de proximidade com as paróquias, mas pode despertar novas formas de gestão de pessoas e recursos de forma concertada e complementar.