Protocolo promove caminhos de inclusão
Integrado nas celebrações da Semana Nacional Cáritas, a Cáritas Portuguesa e Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) assinaram, no dia 19 de março, Dia Cáritas, um protocolo de colaboração para a promoção da reintegração. O protocolo prevê três grandes áreas de intervenção: ser, ter e fazer. A área do ser, está centrada no interior da pessoa em reclusão, nomeadamente nas suas origens, o seu contexto envolvente, a sua história, a sua razão e as emoções; o ter, diz respeito, naturalmente, aos recursos existentes e à estratégica para os potenciar, nomeadamente, habilitações literárias, capacidades, gestão de recursos pessoais, económicos e, por último, o fazer, que se prende com a aprendizagem efetiva de uma arte ou oficio, a nível teórico e prático, estágios laborais e potenciação de boas práticas.
Este processo traz para a linha da frente a necessidade de se criar, no meio prisional, uma dinâmica de formação-ação com o objetivo de se conseguir uma “reinserção efetiva de pessoas em situação de reclusão, com potencial de uma crescente replicabilidade”, lê-se no documento agora assinado.
A DGRSP irá, por força do protocolo, apoiar a Cáritas Portuguesa no desenvolvimento das ações que terão de ser delineadas num plano anual de atividades, estando também, encarregue da sua avaliação. Por seu lado a Cáritas Portuguesa terá de reunir as condições humanas e técnico-pedagógicas necessárias ao desenvolvimento do referido plano de atividades e coordenar o processo de articulação de seleção de destinatários de acordo com os métodos e os critérios definidos.
Celso Manata, Diretor Geral dos Serviços Prisionais, sublinhou a importância deste protocolo e do facto de o estabelecer com uma entidade como a Cáritas Portuguesa, lembrando que a realidade prisional é parte integrante da vida em sociedade e que, como tal, é um assunto que a todos diz respeito.
A criação e assinatura deste protocolo, que estará em vigor até ao final do ano, foi acompanhada pela Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana e no momento da sua assinatura esteve também presente o Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Joaquim Mendes.