“(Des)Identidade” e “Esperança” no arranque do Conselho Geral
“Reconhecimento da riqueza das pessoas necessitadas.” Foi com este pedido, em tom de desafio, que D. António Couto, Bispo da Diocese de Lamego, acolheu os participantes do Conselho Geral da Cáritas Portuguesa que até ao dia 2 de abril se encontra reunido nesta diocese. “Ser Cáritas é perder a minha identidade para poder acolher a identidade dos irmãos que me procuram e que de quem eu vou ao encontro”. D. António Couto deixou, desta forma, uma mensagem que foi sobretudo de esperança face às adversidades.
A sessão de abertura dos trabalhos contou ainda com a presença do presidente da Câmara Municipal de lamego que sublinhou a importância do trabalho em rede entre todas as forças vivas da sociedade para dar uma resposta que seja de promoção da dignidade para todos os que dela precisam: “é fundamental ajudar a construir uma teia de cooperação para dar resposta aos problemas como os que a Cáritas enfrenta – pobreza e exclusão social.”
Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa, na sua intervenção falou também de uma Cáritas cuja ação terá de ser “planeada, organizada e fundamentada” sendo este, sempre, “ponto de partida, sendo que, a meta é, essa será sempre, o cuidar do outro. Agindo como promotor de Amor, a Cáritas deve ter no seu olhar, como prioridade, o olhar do outro. Dois olhares que se cruzam, tendo como guias de entendimento a justiça e da dignidade.”
Este foi o arranque dos trabalhos de um Conselho Geral que reúnem, na diocese de Lamego, perto de 70 pessoas que representam a quase totalidade das Cáritas .