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A Cáritas Portuguesa integra a Plataforma “Compromisso Social Cristão” e subscreve o texto agora divulgado com o titulo “Ser cristão no mundo do trabalho – um desafio!”. Esta Plataforma que reúne pela primeira vez várias organizações da Igreja ligadas ao mundo do trabalho, quer apontar caminhos de futuro e alerta para a necessidade de haver uma transformação das estruturas políticas e económicas e socias sem as quais “não se atua nas causas profundas da degradação do trabalho humano.” Para além da Cáritas Portuguesa fazem parte deste grupo de trabalho e reflexão a ACEGE (Associação Cristã de Empresários e Gestores), ACR (Ação Católica Rural); JOC (Juventude Operária Católica); LOC (Liga Operária Católica), CNJP (Comissão Nacional Justiça e Paz) e SSVP (Sociedade de São Vicente de Paulo).

No documento que agora se divulga a Plataforma lança um olhar sobre o mundo do trabalho apontando aquilo que considera serem as suas principais fragilidades, como, o elevado nível de desemprego que é considerado no documento como o “a maior injustiça que existe no mundo”. Outros temas como a “robotização”, a precariedade das relações laborais e o impacto do trabalho na vida da família e na saúde estão elencados neste texto que aponta ainda como fragilidade a dificuldade do Estado em “cumprir as suas responsabilidades se nada fizer para assegurar a sustentabilidade das contas públicas e das pensões”.

Neste sentido apresentam um conjunto de propostas de futuro entre as quais se destaca o aumento do diálogo e cooperação nas empresas, a formação e acompanhamento dos lideres empresariais e o acompanhamento e formação das novas gerações de trabalhadores que são desafiados a serem “empreendedores da sua própria vida”.

Os signatários deste documento, entre os quais está a Cáritas Portuguesa, sublinham a responsabilidade comum a todos os cidadãos, aqui particularmente os cristãos católicos, para a responsabilidade partilhada na resolução dos problemas identificados, nomeadamente, pela forma como consumimos: “todos nós, como consumidores e responsáveis pelas tendências de mercado e da viabilidade das empresas, devemos, como refere o Papa, ter a noção de que a forma como consumimos condiciona a nossa vida, o ambiente e a vida das empresas. As decisões de consumo, também elas, devem ter em conta não só o preço económico, mas também os diversos impactos da empresa e dos seus produtos na sociedade.”

A Cáritas Portuguesa regozija-se pelo trabalho desenvolvido na Plataforma Compromisso Social Cristão, e pela forma como todas as entidades trabalharam, efetivamente, em conjunto, assumindo diferentes abordagens e procurando além delas uma comunhão que a todos enriquece. Acreditamos que este documento e a lógica que presidiu à sua elaboração poderá ser um digno testemunho de unidade na diversidade para a sociedade e para a Igreja que somo”