Conferência Regional da Cáritas Europa
Termina hoje, em Atenas, a Conferência Regional anual da Cáritas Europa, o principal órgão de decisão da rede europeia. Com a participação de 124 delegados de 39 países, entre eles Portugal, a Conferência Regional contou com as contribuições de muitos convidados e teve lugar no contexto do conflito em curso na Ucrânia e dos desafios humanitários que dele resultam.
Presentes estiveram a presidente da Cáritas Ucrânia, Tetiana Stawnychy, e o diretor executivo da Cáritas Spes, Vyacheslav Grynevych, e trouxeram informação sobre a realidade vivida nestes dias na Ucrânia. Este foi o momento para a rede europeia manifestar o seu apoio, solidariedade e foi um momento marcado por um espaço de oração pela paz.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, também se dirigiu à Conferência, enviando uma mensagem em vídeo para cumprimentar os participantes. António Guterres reconheceu a importância da rede para mitigar as consequências devastadoras de várias crises, como as mudanças climáticas, a pandemia de COVID-19 e a guerra na Ucrânia contra os mais vulneráveis do mundo. “O compromisso da Cáritas para com a paz e a justiça e as suas contribuições para combater a pobreza e as desigualdades são mais críticos do que nunca”, afirmou António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas
Mons. Michael Landau, presidente da Cáritas Europa, sublinhou que o envolvimento comum da rede faz uma diferença substancial para muitas pessoas dentro da Europa, mas para fora das suas fronteiras. “Defendemos uma Europa social capaz de lidar com as consequências da pandemia e da guerra”.
Paz, solidariedade e missão foram algumas palavras-chave que emergiram das sessões de abertura. Durante as sessões temáticas, os delegados participaram em discussões sobre quais as prioridades para o trabalho no futuro próximo, tendo resultado nas seguintes recomendações:
- Estabelecer a nível nacional comités consultivos, envolvendo as pessoas a quem a Cáritas serve e estabelecer outras medidas para promover seu “empoderamento”;
- Fortalecer a Cáritas na missão da Igreja e construir a participação popular;
- Capacitar as estruturas para facilitar e melhorar o envolvimento dos jovens e das mulheres em todos os níveis, incluindo nos lugares de decisão.