Crise na Ucrânia
Crise na Ucrânia: Ação da Cáritas
A Caritas Ucrânia e a Caritas-Spes estão a ajudar milhares de deslocados internos (IDPs) que procuram um abrigo seguro, tanto no oeste da Ucrânia quanto no exterior. As duas organizações da Cáritas fornecem informações essenciais e seguras, alimentos, água potável e kits de higiene pessoal, bem como um local seguro para dormir, comer e fazer a sua higiene pessoal. Os colaboradores e voluntários da Cáritas também organizam transporte seguro para as famílias deslocadas chegarem até às suas famílias noutras parte do país. A situação de segurança não é estável, mas a Cáritas está a fazer esforços para aumentar as suas operações. A Cáritas e a Igreja estão entre as poucas organizações que permanecem no apoio à população ucraniana, e sua presença e forma de atuação permite que alcancem mesmo as áreas de conflito muito remotas.
Cáritas Ucrânia
Desde o início do ataque à Ucrânia, a Cáritas Ucrânia têm continuamente adaptado a ajuda que oferecem às necessidades humanitárias em rápida evolução. No inicio do conflito esperava-se que a ação da Cáritas pudesse chegar a cerca de 150 mil pessoas, nos primeiros 3 meses de crise, mas este número poderá aumenta à medida do aumento das necessidades. Desde o início do conflito, a Cáritas Ucrânia atendeu mais de 130.000 pessoas. Das 540 toneladas de mercadorias transportadas e distribuídas, cerca de 300 toneladas foram enviadas para o centro e leste da Ucrânia, onde as necessidades são mais elevadas. Desde o início do conflito, mais de 47.402 cestas de alimentos e 20.311 conjuntos higiénicos foram distribuídos.
Desde o inicio do conflito a Cáritas Spes prestou assistência a mais de 141 mil beneficiários. Através dos seus centros de atendimento oferecem alojamento, alimentação e cuidados de saúde, nomeadamente, a idosos que não querem ou não têm condições de fugir do país.
Nos países de fronteira
A Cáritas Moldávia deu início a um programa de apoio financeiro para refugiados ucranianos e, ao mesmo tempo, está a aumentar a sua capacidade de preparação e distribuir refeições quentes, que neste momento estão a ser cozinhadas para mais de 1.150 pessoas por dia. Como muitas famílias ucranianas chegam com crianças, a Cáritas está a oferecer acesso à educação e apoio emocional.
Na Roménia, a Cáritas regista mudanças no fluxo de pessoas que chegam. Embora anteriormente muitos refugiados ficassem na Romênia apenas por alguns dias e depois continuassem para outros países, agora há mais pessoas que chegam com o desejo de permanecer na Roménia. Isso aumentará a necessidade de acomodação de médio e longo prazo neste país.
A Cáritas Hungria também tem uma forte presença na fronteira ucraniana, onde oferece alojamento e refeições. Colaboradores e voluntários organizam transporte para Budapeste ou para outros lugares do país. O apoio inclui ainda exames médicos e kits de alimentação com água e sanduíches para quem continuar a viagem.
A Cáritas Polónia continua a apoiar a Caritas-Spes e a Caritas Ucrânia com o envio de ajuda humanitária para a Ucrânia. Oferece ajuda contínua aos refugiados ucranianos na Polónia. Mais de 130 centros Cáritas estão a fornecer cerca de 47 mil refeições por dia. Esta ajuda já foi distribuída a 438 mil pessoas. A Cáritas Polónia prepara-se para um trabalho a longo prazo em relação à crise humanitária na Ucrânia.
Apesar das condições de segurança serem muito difíceis, a Cáritas continua a prestar ajuda humanitária na Ucrânia.
(atualizado a 25 de março de 2022)
Cáritas Portuguesa
Com o inicio da crise na Ucrânia, a Cáritas Portuguesa abriu uma campanha de apoio à população ucraniana – “Cáritas Ajuda Ucrânia” com os seguintes objetivos:
– Apoio à rede Cáritas na Ucrânia (nos centros e respostas da Cáritas)
– Países limítrofes
– Portugal (apoio a famílias refugiadas)
Apoios já transferidos: 20.000,00 € para a Cáritas Ucrânia e 20.000,00 € para a Cáritas Polónia
Envolvimento da rede Cáritas em Portugal:
– Facilitação em atividades locais (disponibilização de voluntários, de espaços, articulação com várias entidades);
– Articulação com as Câmaras Municipais e outras entidades locais;
– Identificação de espaços para alojamento e de emprego;
– Alargamento do programa “Vamos Inverter a Curva da Pobreza” a situações identificadas como apoio a refugiados.