Incêndios: Cáritas atenta às necessidades das vítimas
Ainda é cedo para fazer um balanço exaustivo dos efeitos causados pelo incêndio que deflagrou recentemente no território da Diocese de Portalegre-Castelo Branco, mas a Cáritas está atenta e a acompanhar a realidade, em articulação com as entidades locais.
“Ainda não cicatrizadas as feridas que os incêndios de 2017 abriram, as mesmas populações, paróquias, autarquias e corporações de bombeiros estão de novo confrontados com o flagelo do território ardido, das habitações e dos bens patrimoniais destruídos, com a voragem das chamas e com a angústia das comunidades.” O desabafo de Elicídio Bilé, presidente da Cáritas Diocesana de Portalegre-Castelo Branco, que não deixa de lançar algumas das questões que vão na mente de todos os que viveram esta situação, mais uma vez: “Porquê? Quem não aprendeu ou não quer aprender com a história recente? Porque se legisla para punir os poucos agricultores e as resilientes populações e não se põe em prática o manancial de legislação que pode contribuir para combater e evitar o flagelo dos fogos florestais?”
A Cáritas Diocesana tem estado em contacto regular com a realidade, nomeadamente, através das comunidades paroquiais das zonas afetadas. Os párocos continuam a ser o grande elo que permite à Cáritas, na medida do possível, estar próxima das pessoas e das famílias afetadas no sentido de se ir apercebendo das respetivas necessidades. “O Bispo, a Cáritas Diocesana e os Párocos vivem intensamente o drama das populações, sofrem com elas e estão no terreno para as acompanhar e disponíveis para ajudar. Temos aprendido a acompanhar as comunidades e compreendido que os problemas das pessoas, de cada uma individualmente, tem também uma dimensão coletiva. Por isso, na Cáritas temos fomentado o acompanhamento de processos de desenvolvimento das pessoas, partindo do ponto de vista da animação comunitária, não só como oportunidade inclusiva do território, mas também como fator de desenvolvimento humano. Esta animação comunitária tem sido e é para a Cáritas o âmbito identitário da sua ação.”
A repetição desta dura realidade, ano após ano, nas mesmas zonas, remete, desde já, para uma atenção crescente de várias entidades, a nível político, a nível eclesial e a nível da sociedade em geral. “É preciso que todos saibam que têm um papel a desempenhar quando se trata de contribuir para que não volte a haver vítimas. “Todos temos responsabilidades quando se trata de proteger quem está em situação de fragilidade e, hoje, cuidar do planeta – Casa Comum – é também uma urgência” sublinha Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa.
Os próximos dias serão fundamentais para avaliar o real impacto destes incêndios e a consequente melhor forma de atuar que, desde logo, se requer, articulada, entre as várias entidades com capacidade de intervir. A Cáritas, através da Cáritas Diocesana de Portalegre-Castelo Branco estará atenta e irá intervir na medida das suas possibilidades, dentro daquela que é a sua missão.
A Cáritas Portuguesa tem permanentemente aberta uma conta de angariação de donativos que lhe permite dar resposta a situações de emergências nacionais: FUNDO DE EMERGÊNCIAS NACIONAIS – IBAN PT50 0036 0000 99105878243 94