Representante do Vaticano intervém na Comissão para o Desenvolvimento Social do Conselho Econômico e Social da ONU
”Não é possível pensar que se derrotará a pobreza sem solidariedade” afirmou o arcebispo Celestino Migliore, observador permanente da Santa Sé na ONU, na sua intervenção esta quinta-feira, na XLVII sessão da Comissão para o Desenvolvimento Social do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, que discutia o tema da integração social.
O arcebispo Celestino Migliore, observador permanente da Santa Sé na ONU, interveio esta quinta-feira, na XLVII sessão da Comissão para o Desenvolvimento Social do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, que discutia o tema da integração social.
A falta de integração social, que implica a exclusão –advertiu–, «difunde-se tanto nas regiões desenvolvidas como nas não desenvolvidas e tem causas comuns, como a pobreza, a desigualdade e a discriminação».
O verdadeiro desenvolvimento –prosseguiu– baseia-se «na convicção de que a lógica da solidariedade e da subsidiariedade é o instrumento mais adequado para superar a pobreza e assegurar a participação de todas as pessoas e grupos sociais nos âmbitos social, económico, civil e cultural».
«Verificou-se um amplo consenso na última década sobre o compromisso em promover o desenvolvimento na luta contra a pobreza e na inclusão e participação de todas as pessoas e grupos sociais», afirmou o arcebispo.
Segundo o representante do Papa, «a conquista dos objetivos e, em definitivo, do desenvolvimento e da coesão social requer, não apenas, ajuda financeira, mas a participação concreta das pessoas».
«Os problemas do desenvolvimento –advertiu o arcebispo–, das ajudas e da cooperação internacional são vistas, por vezes, como meras questões técnicas, que se limitam a estabelecer estruturas, lançar acordos sobre preços e quotas e a assinar subvenções anónimas, sem que as pessoas se envolvam verdadeiramente».
Pelo contrário, esclareceu, «a luta contra a pobreza necessita de homens e mulheres que vivam em profundidade a fraternidade e sejam capazes de acompanhar as pessoas, as famílias e as comunidades no caminho de um autêntico desenvolvimento humano».
O representante do Papa na ONU concluiu explicando que «é necessário responder com meios jurídicos e sociais, bem como com instituições adequadas às necessidades das famílias, mulheres, jovens, pessoas com baixa escolaridade, indígenas, idosos, migrantes e todos os demais grupos mais vulneráveis à exclusão social».
Fonte: Agência Zenit