Bento XVI pede à ONU combate à pobreza
Bento XVI espera que próxima reunião de líderes nas Nações Unidas traga compromisso de justa distribuição de recursos.
As Nações Unidas vão realizar uma cimeira de lideres mundiais durante três dias, de 24 a 26 de Junho, para analizar a pior crise económica que o mundo viveu desde a Grande Depressão. Esta cimeira tem como objectivo encontrar respostas de emergência e de longo prazo para mitigar os efeitos da crise, especialmente nas populações mais vulneráveis e iniciar um diálogo necessário sobre a transformação da arquitectura financeira internacional, tendo em conta as necessidades e preocupações de todos os Estados Membros.
A propósito da realização desta conferência, Bento XVI pediu aos líderes que irão estar presentes que ofereçam respostas à crise económica e financeira e tomem decisões fortes que acabem com o “inaceitável” escândalo da fome.O pontífice pediu,também, que a reunião de líderes, promova a luta contra pobreza para “uma justa distribuição do poder de decisão e dos recursos”.
Depois de rezar o Angelus, a partir da janela do seu apartamento, o Papa invocou “para os participantes da Conferência, assim como para os responsáveis do bem público e dos destinos do planeta, o espírito de sabedoria e de solidariedade humana, para que a actual crise se transforme numa oportunidade, capaz de favorecer uma maior atenção pela dignidade de toda a pessoa humana, bem como de promover uma justa distribuição do poder de decisão dos recursos, prestando particular atenção ao número, infelizmente sempre crescente, de pobres”.
Num dia em que em muitos países se celebrava a festa de Corpus Christi, “Pão da vida”, o Papa recordou “os milhões de pessoas que sofrem por causa da fome”.
“É uma realidade absolutamente inaceitável, que não consegue redimensionar-se , apesar de todos os esforços feitos nas últimas décadas”, afirmou o Pontífice.
O Papa concluiu o seu apelo, desejando que na próxima conferência da ONU, “se assumam medidas partilhadas por toda a comunidade internacional e que se realizem essas opções estratégicas, que, por vezes, não são fáceis de aceitar, mas que são necessárias para assegurar a todos, no presente e no futuro, os alimentos fundamentais e uma vida digna”.
Fonte: Agência Zenit