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A Cáritas do Funchal recebeu ontem os primeiros contentores de ajuda, vindos do continente, com material destinado prioritariamente a famílias desalojadas. Os bens, provenientes de diversas Cáritas diocesanas do país, ficaram por enquanto na Unidade de Apoio do Comando da Zona Militar da Madeira e serão distribuidos ainda esta semana.

Contentores, com mobílias, utensílios de cozinha e vestuário, foram ontem recebidos pela Cáritas Diocesana do Funchal, resultado da “solidariedade” promovida pela Cáritas Portuguesa em todo o país e destinada a “colmatar os casos mais graves e precários decorrentes do temporal” que atingiu a Madeira a 20 de Fevereiro, passam hoje dois meses.

Os contentores vieram por via-marítima e contaram ainda com o transporte em camiões do Exército, nomeadamente da Unidade de Apoio do Comando da Zona Militar da Madeira onde estão agora estacionados. Está previsto o envio de mais contentores, mas “a prioridade” dos primeiros que chegaram com bens diversos “será ajudar as famílias que ficaram sem casa e que estiveram, sob responsabilidade da Cáritas, em centros de acolhimento”, disse à reportagem do JM o presidente da Cáritas diocesana.

Neste contexto, e em cooperação com os Investimentos Habitacionais da Madeira, a Cáritas vai apoiar para já com “mobílias, colchões e outro material” as famílias que “esta semana serão realojadas na zona do Engenho Velho”, adiantou José Manuel Barbeito ao JM.

Nesta terça-feira, aliás, está prevista uma reunião “para nos inteirarmos da situação e vermos quais os bens que pretendemos que sigam para essas famílias que serão realojadas”, acrescenta.

Numa segunda fase, entretanto, serão também apoiadas famílias que, “tendo mantido as suas casas, perderam todos os seus bens.”

A Cáritas receberá, por isso, mais contentores, mas para já o material agora descarregado vai beneficiar as “famílias desalojadas”, confirma o presidente da Cáritas diocesana.

Fonte: Jornal da Madeira