A resposta ao sismo do Haiti, um sinal de solidariedade
A resposta ao sismo do Haiti, um sinal de solidariedade
Por Oscar Andrés Cardinal Rodríguez Maradiaga, S.D.B.
Vsitei o Haiti em Fevereiro, para demonstrar a minha solidariedade para com o povo e para levar a ajuda do meu país, as Honduras.
Quando cheguei em Port-au-Prince, fiquei chocado, porque a devastação e tragédia eram maiores do que o que eu tinha visto nos meios de comunicação.
Fui acompanhado nesta visita pelo Núncio Apostólico, D. Bernardito Auza, o Presidente e o Director da Caritas do Haiti, D. Pierre Dumas e o Pe. Serge Chadic, respectivamente. Visitei a Catedral, onde sucumbiu o meu colega, o Arcebispo Serge Miot, o Hospital Renascença, e o campo de desalojados de Champ de Mars, onde dezenas de milhares de pessoas se refugiaram. Reuni, também, com a Conferência Episcopal do Haiti.
Estou profundamente comovido com o sofrimento do povo do Haiti, mas estou, também, consciente de que existe esperança. A enorme onda de solidariedade que se gerou mostra que o mundo não irá esquecer os haitianos.
Como Presidente da Caritas Internationalis, o meu primeiro compromisso é o de fazer com que a voz do povo haitiano seja ouvida e garantir que não nos vamos esquecer do seu sofrimento.
A Caritas está no Haiti há muitos anos e os nossos colaboradores trazer amor, compaixão e determinação para realizar o seu trabalho. Temos 165 Cáritas em todo o mundo e fiquei muito feliz ao testemunhar a fraternidade e a solidariedade expressa para com a Cáritas do Haiti.
Quando aqueles que podem ajudar o fazem, o mundo torna-se um lugar mais justo. Este é um dos objectivos do nosso trabalho no Haiti e em todo o mundo.
A Caritas já apoiou mais de meio milhão de pessoas, ajudando-os com alimentos, água, abrigo e saúde. Também estamos a preparar um plano de longo prazo. Queremos ajudar a reconstruir o Haiti, fortalecendo a autonomia, para que o povo possa viver com dignidade.