Cáritas de Jerusalém reforça assistência médica às vítimas dos conflitos na Faixa Gaza
A Cáritas de Jerusalém anunciou a criação de um novo serviço de assistência às vítimas civis, na zona oriental de Gaza, onde, nesta quarta-feira, morreram dez palestinianos em resultado dos confrontos com o exército israelita.
«Vamos criar um plano de assistência médica de emergência, para dar resposta à grave situação que se vive na zona», declarou Jameel Khoury, responsável da Área de Saúde da Cáritas de Jerusalém, o qual, chamou a atenção para o significativo aumento do número de pessoas atendidas, nos últimos dias, no centro médico da Cáritas localizado no campo de refugiados de Al Shati.
«Estamos a trabalhar com a normalidade possível, dadas as circunstâncias — explica Khoury –, felizmente, estávamos preparados para enfrentar esta crise e tínhamos em stock os suprimentos médicos necessários para garantir o funcionamento, tanto da clínica, como da unidade móvel.»
Além deste centro de saúde do campo de Al Shati, a Cáritas de Jerusalém possui mais seis clínicas de emergência, localizadas em zonas vulneráveis da Faixa de Gaza.Paralelamente com a assistência médica, a Cáritas faz distribuição sistemática de alimentos ás famílias que se encontram em condições mais precárias e que não foram incluídas nos planos da UNRWA (a agência da ONU para os refugiados palestinianos).
Em declarações à imprensa, a presidente da Cáritas de Jerusalém, Claudette Habesch, afirmou que estão ser tomadas todas as medidas necessárias para se garantir uma adequada assistência médica e alimentar às vítimas que se encontram no meio deste conflito. Para o efeito, a Cáritas, «está a armazenar alimentos, medicamentos e outros bens, necessários em situações desta natureza, apesar das dificuldades encontradas no terreno».
«Não podemos permitir que a situação em Gaza se deteriore ainda mais do que já está», acrescentou Claudette Habesch.