INVERTER A CURVA DA POBREZA EM PORTUGAL
Pandemia COVID-19
Da resposta sanitária à resposta social
Desde o início da atual crise provocada pela propagação do novo Coronavírus – COVID-19, que a rede das 20 Cáritas Diocesanas responde ao aumento na procura de ajuda nos grupos considerados de apoio prioritário: população sénior, famílias e crianças em situação de vulnerabilidade, pessoas em situação de sem-abrigo, migrantes em situação de vulnerabilidade social.
A Cáritas Portuguesa assegurou, na primeira hora, todas as condições de saúde e higiene aos seus profissionais, voluntários e beneficiários. Disponibilizou, em abril, uma verba de apoio às Cáritas Diocesanas que nunca pararam o seu trabalho no terreno e identificaram como principal necessidade o acesso a bens alimentares.
Chegou a hora de reforçar e multiplicar a nossa ação no terreno. Vamos inverter a curva da pobreza em Portugal!
ATUAÇÃO DA REDE NACIONAL CÁRITAS
Face à gravidade da situação de propagação do COVID-19, a Cáritas definiu, imediatamente, os seus Planos de Contingência. Todos os colaboradores receberam indicações para cumprir todas as medidas de autoproteção e medidas de seguranças para garantir uma resposta adequada às novas circunstâncias.
Face à emergência sanitária, a rede Cáritas em Portugal assumiu, em primeiro lugar, a preocupação de manter ativos todos os serviços essenciais à população implementando medidas de autoproteção nas respostas onde os utentes estão presentes e sem retaguarda familiar.
De norte a sul do país a Cáritas está a assegurar a resposta a todos os que, em emergência necessitam da sua ajuda.
A Cáritas assume as suas diferentes respostas como um serviço à comunidade e àqueles que precisam da sua ação. Estão, em todas as situações, a ser garantidas todas as condições de higiene impostas à atual circunstância que garantem a redução de riscos de contágio para quem trabalha ou para quem recebe cuidados.
EMERGÊNCIA SANITÁRIA
EMERGÊNCIA SOCIAL
Adaptamos as nossas respostas, atividades e projetos para responder às normas do confinamento e às novas necessidades que daí surgiram:
- Implementamos Planos de Contigência em todos os nossos serviço
- Mantivemos ativos todos os serviços essenciais à população.
- Implementamos medidas de autoproteção nas respostas com utentes sem retaguarda familiar.
- Asseguramos a resposta a pedido de apoio em emergência.
- Abrimos novos espaços de resposta para sem abrigo com fornecimento de higiene, alimentação e roupa.
- Abrimos respostas de por telefone para vitimas de violência doméstica.
- Mantivemos articulação com outras organizações de resposta social.
- Mantivemos articulação com as com as Câmaras Municipais e com as Juntas de Freguesia.
O impacto social é uma das consequências mais graves da emergência sanitária. Face às alterações sociais que foram impostas às famílias, novas situações de pedidos de apoio surgiram e para elas a Cáritas criou uma nova resposta imediata de apoio às Cáritas Diocesanas:
- Distribuímos cabazes de alimentação essencial.
- Distribuímos vales de alimentação.
- Asseguramos alimentação para migrantes e estudantes deslocados.
- Apoiamos o pagamento de despesas urgentes e essenciais.
- Apoiamos na compra e distribuição de medicamentos.
- Apoiamos alunos e famílias com equipamento informático para acompanhamento dos estudos e teletrabalho.
- Apoiamos na distribuição de equipamentos de higiene e proteção.
COVID-19 – OS NOSSO EIXOS DE ATUAÇÃO
Estamos comprometidos em cooperar para a inversão da curva da pobreza em Portugal e a partir de hoje toda a nossa ação se canaliza para dar resposta aos efeitos provocados pela Covid-19 a quatro níveis:
Apoio de primeira linha
Apoio de Recuperação Socio Económica Inclusiva
Apoio à capacitação da estrutura social da rede nacional Cáritas
Apoio à rede Cáritas Internacional
O apelo que a Cáritas faz a toda a população portuguesa é que acreditem que é possível, através de mais justiça social e solidariedade, erradicar a pobreza absoluta. O pouco de muitos tornar-se-á numa gigante solidariedade. Naturalmente que para além do donativo individual, é necessária a cooperação com as entidades locais e com todas as organizações no terreno que têm o mesmo fim e, naturalmente, precisamos da ajuda de todos os portugueses e empresas para que esta missão seja possível.” Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa.
O que a Cáritas está a fazer a nível internacional na resposta ao COVID-19?
Cada Cáritas nacional trabalha com a população do seu território desde o início da crise. Para que haja uma partilha de informação sobre o trabalho que cada Cáritas, em cada país está a realizar, a Caritas Internationalis abrir uma plataforma, interna, para que motivar a partilha de informação e de boas práticas.
Nesse mesmo espaço, a equipa de emergência da Caritas Internationalis compartilha guias e orientações que podem ser úteis para outras Cáritas em contextos de epidemias de saúde pública. Vários espaços e programas já estão a ser divulgados através de diferentes materiais e canais para sensibilizar a população e atingir o máximo de pessoas nas comunidades.
Em todos os países onde a Cáritas está a atuar a primeira ação foi a criação de Comissões de crise nacionais. A partir daí, as ações de proteção estão a ser coordenadas e implementadas com os colaboradores e voluntários, possibilitando medidas como o teletrabalho, sempre que possível. Foram promovidas ações de formação internas para que todos os colaboradores estejam qualificados a responder corretamente para responder à emergência e, em algumas situações, criaram-se centros de atendimento telefónico onde os técnicos respondem às dúvidas dos seus beneficiários.
Dentro das suas possibilidades, forneceram-se sabão, luvas, líquido desinfetante e papel descartável, mas, um pouco por todo o mundo as Cáritas que trabalham no terreno destacam a falta de material sanitário básico, como testes ou máscaras. Mesmo assim, todos mantêm sua atividade e cuidam dos mais vulneráveis. Por exemplo, na Cáritas do Bangladesh, o trabalho nos campos de refugiados de Rohingyas não parou, mas as medidas de proteção higiénica aumentaram e as atividades estão a ser reorganizadas para evitar ao máximo a concentração de pessoas.
Para além dos países europeus a Caritas Internationalis recebeu comunicações dos seguintes países: Bangladesh, Bolívia, Bósnia-Herzeovina, Burkina-Faso, Burundi, Camboja, Chade, Egipto, Espanha, Estado Unidos da América, Filipinas, Índia, Indonésia, Itália, Iraque, Jerusalém, Jordânia, Libéria, Líbano, Mali, México, Nigéria, , Roménia, Ruanda, Republica Democrática do Congo, Sérvia, Síria, Serra Leoa, Tanzânia, , Ucrânia, Venezuela, Zimbabwe.
Para fazer face aos desafios, o Dicastério para a Promoção Integral do Desenvolvimento Humano e a Caritas Internationalis estão a criar um fundo – COVID-19 RESPONSE FUND (CFR) que promoverá respostas oportunas e eficazes às organizações católicas, principalmente às Cáritas nacionais, de mitigação do risco da pandemia em contextos difíceis e dirigidas aos segmentos mais vulneráveis da população.
Juntamente com Dicastério para a Promoção Integral do Desenvolvimento Humano a Caritas Internationalis está a criar um Fundo de Resposta ao COVID-19. Este Fundo pretende ser um sinal visível de solidariedade da Igreja universal, esse fundo global apoiará projetos apresentados por organizações católicas, incluindo a Caritas, para ajudar a conter a propagação da pandemia por meio de diferentes atividades preventivas, com atenção especial aos países onde a propagação da pandemia poderá ter consequências ainda mais devastadoras do que na Europa.