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Autor: Georgino Rocha
Editora: Editorial Cáritas
Publicado em: 2013
Preço: € 18,00
Humanizar a sociedade – dever de todos
D. Jorge Ortiga, A. P.
Presidente da Comissão Episcopal das Pastoral Social e Mobilidade Humana
A evocação dos 50 anos do Concílio do Vaticano II conduz-nos à questão sobre a sua receção, na interpretação variada e abrangente desta palavra. A Igreja reuniu-se para ouvir o que o Espírito Santo lhe dizia nas circunstâncias diversas da modernidade, como referia o Papa Paulo VI na abertura da segunda sessão.
As novidades foram muitas, em termos de continuidade ou de rutura com o passado, mas sempre no intuito da fidelidade à missão de Cristo que, com a sua Palavra e ação, tinha confiado à Igreja. Conscientes de que esta sempre soube estar atenta aos “sinais dos tempos”, com uma presença ativa e motivadora pelo projeto de salvação do homem, foi apresentada como sacramento universal de salvação, tornando-a “perita em humanidade” numa verdadeira identificação com o quotidiano de todo e qualquer ser humano. Podem ser muitas vezes citadas as primeiras palavras da Guardium et Spes. Só que nunca podemos deixar de reconhecer a sabedoria que elas encerram e os permanentes desafios que lançam. “As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens do nosso tempo, sobretudo dos pobres de todos os aflitos, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as alegrais dos discípulos de Cristo, e nada mais existe de verdadeiramente humano que não encontre eco no seu coração.” Com efeito, a comunidade que formam é constituída por homens que, reunidos em Cristo, são dirigidos pelo Espírito Santo na sua peregrinação para o Reino do Pai e receberam a mensagem de salvação, que devem comunicar a todos. É por isso que a comunidade dos cristãos se reconhece real e intimamente solidária com o género humano e com a sua história.
Em Ano da Fé estamos, por outro lado, reconhecendo a profundidade do dom da mesma fé num propósito de compreender os conteúdos da mensagem salvífica. Fazemo-lo numa peregrinação comunitária, conscientes de ser uma única família em Cristo, e ousando “ver” o mundo que nos rodeia para o integrar no mesmo compromisso duma solidariedade efetiva. A comunhão em Cristo abre os horizontes à comunidade cristã e faz com que esta saiba ser agente de uma humanização nos contextos diversificados em que a comunidade se integra, não como algo separado e estranho, mas como tarefa em relação.
Cristo como a segunda pessoa da Santíssima Trindade é “caminho, verdade e vida”, pois incarnou assumindo todas as vicissitudes dos indivíduos que devem tornar-se pessoas. Se o cristão é desafiado a encontrar em Cristo o modo novo de ser homem ou mulher, ele deve agir para que o mesmo critério de humanismo chegue a todos.
Trata-se dum humanismo integral, espiritual e material, como relação com Deus que manifesta a qualidade desta relação no modo como ela se concretiza com os outros.
Georgino Rocha, é padre da diocese de Aveiro. Nasce em Calvão, Vagos, estuda teologia em Lisboa, nos Olivais, exerce inicialmente o ministério paroquial em Ílhavo, onde “toma contacto” com as pobrezas locais e dá início, com leigos, a iniciativas de assistência e promoção.
É chamado a assumir a responsabilidade de serviços diocesanos de pastoral mantendo sempre esta ligação aos mais vulneráveis e acompanhando grupos de intervenção nas áreas da pobreza, da doença, da prisão, da itinerância (designadamente dos ciganos), da formação de jovens, dos membros das conferências vicentinas e dos agentes da Cáritas.
Faz a licenciatura e o doutoramento em teologia pastoral no Instituto Superior de Pastoral sediado em Madrid, da Universidade Pontifícia de Salamanca, o master em Doutrina Social da Igreja no Instituto Leão XIII, em Madrid e a pós-graduação em gerontologia social no Instituto Bissaya-Barreto, em Coimbra.
Lecciona em várias Escolas Teológicas, nomeadamente na Universidade Católica Portuguesa, colabora e é director do Movimento por um Mundo Melhor, em Portugal. Desloca-se a vários países africanos e latino-americanos em acções de formação e de aprendizagem, escreve em jornais e revistas, publica livros, com forte incidência na renovação da Igreja e seu serviço ao bem comum da sociedade.
Além de Pró-Vigário Geral do bispo de Aveiro, é presidente da comissão “Justiça e Paz” da diocese e capelão da Santa Casa da Misericórdia de Aveiro.
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