Crianças: Nenhuma deve ser deixada para trás!
As crianças são as primeira vítimas de um ciclo de pobreza que é perpetuado no tempo. No Dia Internacional dos Direitos da Criança, que hoje se assinala a Cáritas Portuguesa subscreve a posição da Cáritas Europa que apela ao Parlamento Europeu e à Comissão Europeia para que se assegure a continuidade do financiamento de iniciativas relacionadas com a criança e a sua família, dependentes do acordo do próximo Quadro Financeiro Plurianual (QFP).
A União Europeia deve dar provas do seu compromisso na “luta contra a pobreza infantil e familiar, investindo no futuro das crianças e nas famílias na Europa que se encontram em risco se os nossos líderes não aprovarem o próximo plano de financiamento”.
Os relatos de situações em que são as próprias crianças a expressarem as suas angústias por não terem condições para estudar, ou para terem o seu espaço dentro de casa, são apresentados num comunicado onde o secretário-geral da Cáritas Europa sublinha a responsabilidade da União Europeia no combate à pobreza e a importância de que se reveste este acordo, antes das eleições de maio de 2019.
“A principal preocupação dos nossos líderes deve ser garantir o bem-estar das crianças e das famílias em toda a UE, em particular dos mais desfavorecidos. Todas as crianças merecem oportunidades iguais e famílias fortes formam sociedades fortes”, afirma Jorge Nuño Mayer
A Cáritas Portuguesa e a Cáritas Europa lembram que a única forma de quebrar os ciclos de pobreza, particularmente quando há crianças envolvidas, é através de “uma abordagem em três frentes, que garante o acesso a recursos adequados, o acesso a serviços de qualidade a preços acessíveis e o direito das crianças a participar”.
“As crianças que vivem em ambientes mais desfavorecidos estão mais propensas a situações de pobreza na idade adulta”. Se o contexto, e sobretudo a “visão” política desta questão não se alterar, o futuro será ainda mais difícil para os mais fragilizados, por isso, a Cáritas considera essencial “quebrar com este ciclo de pobreza” em que vivem muitas populações carenciadas, e neste caso, que atinge particularmente as gerações mais novas.