Moçambique: José e Lousie um relato de sobrevivência
José Eduardo e a sua mulher, Louise, vivem em Moçambique. Partilham com Donald Reilly, da equipa do Catholic Relief Service (CRS – Caritas Unites States), os momentos em que o Ciclone Idai passou destruindo por completo a sua casa e as plantações com as quais asseguravam a sua subsistência. Donald, membro da equipa do Catholic Relief Service (CRS – Caritas Unites States), que em coordenação com a Caritas Internationalis, está em Moçambique para apoiar a Cáritas Moçambicana na resposta à emergência.
“Eles tiveram de abandonar a sua casa no centro da Beira, a zona mais afetada pelo Ciclone” explica Donald. “Tiveram de se deslocar para uma região vizinha e refugiaram-se num abrigo improvisado que também acabou por ruir. Estiveram uma noite inteira num telhado e depois numa árvore onde estiveram mais um dia e uma noite”.
José Eduardo e Louise têm três filhos com 2, 7 e 13 anos. Tiveram de os manter acordados para que não caíssem à água. Neste momento estão a salvo, mas, como milhares de outras famílias devastadas pelo Ciclone, anseiam por receber comida e cuidados médicos.
A Cáritas Moçambicana, com o Catholic Relief Service (CRS – Caritas Unites States) e outros parceiros locais, estão a trabalhar tão rápido quanto possível para providenciar alimentos, água e abrigo e outros bens de primeira necessidade às famílias afetadas.
Ainda há muitos desaparecidos
“A forma repentina como o Ciclone Idai afetou Moçambique, já a braços com imensas dificuldades provocadas pelas cheias que o antecederam, fez com que as comunidades não tivessem tempo de se preparar”, explica Hannah Kyle, também em Moçambique com a equipa da Cáritas.
As comunicações ainda são difíceis, há ainda estradas cortadas e, principalmente, muitos desaparecidos e pessoas por resgatar. O preço da comida aumentou de forma dramática numa altura em que ainda é difícil ter acesso aos bancos.
As famílias como a de José Eduardo e Louise, que tinham na agricultura a sua única forma de subsistência olham para a terra com desespero. As águas trouxeram muita lama e muita terra que destruiu completamente a capacidade de trabalhar na agricultura nos próximos tempos.
“As pessoas estão a improvisar os seus abrigos com pedaços de plástico e outros materiais que vão conseguindo encontrar”, conta Donald. A Cáritas recebeu já 1.500 tendas que está a montar.
A Cáritas Portuguesa está a acompanhar todo o trabalho que está a ser realizado em Moçambique através da Cáritas Moçambicana e está também a prestar apoio financeiro para que a resposta de emergência no local seja o mais rápida possível. A campanha “Cáritas Ajuda Moçambique” destina-se, para já, a apoiar um conjunto de 4 mil agregados familiares para a resposta imediata às primeiras necessidades. Toda a coordenação destas equipas é feita pela Caritas Internationalis que tem no terreno um elemento especialista em resposta de emergência e que está a trabalhar diretamente com os responsáveis da Cáritas Moçambicana. Esta coordenação ao nível internacional e a experiência em emergências no passado permite à Cáritas uma resposta concreta que vai ao encontro das necessidades no local.
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