Vamos reconstruir a nossa escola
Veronica Mavundo, 38 anos, professora de línguas, do 3º ano, está na sua sala de aula destruída da Escola Muda-Mufo.
Diz Verónica Mavundo: “Alguém me falou sobre a escola – que ela tinha sido destruída – e eu senti-me pessimamente. A minha reação foi vir para aqui imediatamente para confirmar, porque as pessoas tendem a exagerar. Quando aqui cheguei, foi pior do que eu temia: havia muita água. As salas de aula estavam cheias de água. Onde poderíamos sentar os alunos? Estávamos a tentar perceber por onde poderíamos começar. Foi impressionante. Também as nossas residências de professores foram destruídas.”
Nós [os professores] entrámos em pânico, mas decidimos parar e tentar encontrar um ponto de partida – um ponto de partida para começarmos a ensinar novamente.
Começaremos a ensinar no exterior até que os telhados dos edifícios sejam colocados. É difícil ensinar no exterior. Não teremos os nossos quadros, os nossos mapas, os nossos fixadores de quadros, os materiais que temos como qualquer professor. Mas é uma nova experiência que temos que enfrentar.”
Os professores repararam o primeiro telhado, mas terá de ser percorrido um longo caminho para que a escola volte a funcionar, principalmente, enquanto a escola continuar a ser um local de refúgio para aqueles que não têm casas para onde voltar.
A Cáritas Moçambicana e os seus parceiros da Cáritas a nível internacional, incluindo a Cáritas Portuguesa, estão a fornecer apoio às famílias afetadas.
Membros da equipa de emergência da Cáritas Moçambicana, do Cafod (Cáritas Inglesa), Catholic Relief Services (Cáritas EUA) e o diretor da Cáritas Beira reuniram-se com um padre do distrito de Nhamatanda em Moçambique para discutir as necessidades prioritárias na área afetada pelo devastador ciclone Idai em março de 2019. O ciclone Idai atingiu a costa na quinta-feira, 14 de março, com ventos que sopravam a mais de 110 km/h. Foi declarado o pior desastre climático do ano até agora, casas e cidades no sudeste da África, em Moçambique, estão inundadas devido às tempestades mortais trazidas pelo Ciclone Tropical Idai.