• Início
  • Quem Somos
    • Identidade
    • Missão, Visão e Valores
    • A NOSSA ORGANIZAÇÃO
      • CORPOS SOCIAIS
      • A NOSSA EQUIPA
    • Publicações Institucionais
  • O Que Fazemos
    • Intervenção Social
      • Inverter Curva da Pobreza
      • PRIORIDADE ÀS CRIANÇAS
      • Cáritas na Escola
      • Emergências Cáritas
      • COVID-19 | A resposta da Cáritas
      • + Próximo
    • Capacitação e Desenvolvimento Institucional
    • Ação Internacional
    • Observatório Cáritas
      • Editorial Cáritas
    • Semana Nacional Cáritas
    • 10 Milhões de Estrelas – Um Gesto Pela Paz
  • Onde Estamos
  • Colabore
    • Parcerias
    • Voluntariado
    • Recrutamento
  • Doar
Logo Image
Bem Vindo(a)
  • Sair
    • Área Admin
      • IntraNet
      • Suporte
    • Todos os Grupos

Sem produtos no carrinho.

Notícias

Laudato Si: Novos comportamentos para respeitar a natureza

  • 25/05/2020
  • Casa Comum, Notícias, Notícias Principais

Laudato Si

 

Quando o Papa Francisco tomou posse como chefe da Igreja Católica, na Praça de S. Pedro, falou na sua homilia sobre dois tópicos que iríamos encontrar frequentemente nos seus discursos e comportamentos, e que foram surpresa para muitos: o meio-ambiente e a sensibilidade. Na encíclica Laudato Si’, ele desenvolveu uma estratégia sobre ecologia, em Amoris Laetitia lemos sobre sensibilidade, e no ano especial de misericórdia (2016) ele aliou os dois. Em Evangelii Gaudium ele lançou a base pastoral para tal.

Sabemos algumas palavras-chave do Laudato Si’, que vou enumerar: ‘Tudo está interligado’ (91), ‘uma sociedade de desperdício’ (21), ‘temos que desacelerar ‘ (114), ‘menos é mais’ (222), e ‘quanto mais vazio é o coração de uma pessoa, mais ela precisa de coisas para comprar, ter e consumir’ (204). Há muitas frases nas quais podemos descobrir o significado mais profundo do Papa Francisco, não apenas em Laudato Si’, mas também noutros documentos. Basicamente, gostaria de refletir a partir do número 222 até ao 226 do Laudato Si’, para ler o seu pensamento.

Em relação à ecologia ele diz: ‘Uma cultura ecológica não deve ser reduzida a uma série de respostas urgentes e parciais para os problemas imediatos da poluição… Precisa de existir uma maneira distinta de olhar para as coisas (LS 111). Na exortação apostólica Querida Amazonia, ele dá o seu ponto de vista com audácia em relação ao mesmo assunto. Ao responder à pergunta sobre mulheres diáconos diz: ‘Isto convoca-nos a alargar os nossos horizontes, em vez de restringirmos o nosso entendimento da Igreja em relação às suas estruturas funcionais’ (QA 100) e continua afirmando: ‘A região da Amazónia desafia-nos a transcender perspetivas limitadas e soluções ”pragmáticas” mergulhadas em abordagens parciais, com vista a procurar caminhos de inculturação que são mais amplos e ambiciosos” (QA 105). Por fim, usando a palavra ‘transbordar’ ele explica ‘que as soluções são encontradas através da transcendência da contraposição que limita a nossa visão e do reconhecimento de um dom superior que Deus está a oferecer’ (QA 105)

Depois de ler o texto completo de Laudato Si’ e outros documentos do Papa Francisco, afeiçoo-me de tal maneira que me sinto preparado para compreender o que é que ele realmente quer dizer nas páginas finais. Em Amoris Laetitia, refere-se a questões educacionais e relacionais da família, e apenas em 300 § é que ele dá a chave para compreender o documento, divulgando o método de discernimento. Em Evangelii Gaudium, descobrimos o que uma Igreja missionária realmente precisa, nos números a partir do 262 §: ‘Evangelizadores cheios de espírito são aqueles que rezam e trabalham’. Em Querida Amazónia, a parte conclusiva é: ‘A expandir horizontes para lá dos conflitos’, afirmando que ‘tudo é resolvido num plano divino… Senão o conflito faz-nos cair numa armadilha’ (QA 104). Até a essa secção ele fala sobre as suas preocupações em relação ao que acontece na sociedade, na Igreja e na família, mas acaba por nos abrir a sua mente, falando sobre a sua verdadeira preocupação e sobre a solução dos problemas enquanto Cristão, lendo as escrituras e voltando-se para Deus em oração e discernimento.

Em Laudato Si’, Francisco refere-se a problemas enraizados e a hábitos comerciais na sociedade atual, causados pelo progresso tecnológico, por um desejo ilimitado de dominar a Terra, deixando para trás questões éticas ou a dignidade de cada pessoa. O que importa é retirar benefícios económicos e financeiros. Ele apela a um diálogo constante entre todos os componentes da sociedade, tendo especialmente em conta a dignidade de cada pessoa humana. Além disso, toda a criação merece respeito e preocupação pela sua dignidade. Todos os seres humanos, saudáveis ou não, com deficiência ou com uso pleno das suas capacidades, jovens ou idosos, têm o direito de viver a sua vida ao máximo, contando com o respeito dos outros. O Papa não usa esta bonita máxima, mas ela pode resumir o que ele quer dizer: ‘Deus perdoa sempre, os seres humanos às vezes perdoam, a natureza nunca perdoa’. Isto é um princípio geral, mas o Papa evoca-o regularmente para propor medidas concretas. Em Laudato Si’ § 211 ele sugere, entre outras coisas, evitar usar plástico, separar o lixo, cozinhar apenas o que é necessário e usar preferentemente transportes públicos. Na exortação Amoris Laetitia, ele dá conselhos concretos a jovens casais (AL 223-230), enquanto que em Evangelii Gaudium ele ensina padres como preparar uma boa homilia: ‘Fala com as pessoas da mesma maneira que uma mãe fala com o seu filho’ é o seu conselho (EG 139). Estes ensinamentos concretos tornam mais fácil de compreender e aplicar os quatro princípios nos quais, em várias ocasiões, ele constrói as suas reflexões: ‘O tempo é maior que o espaço’ (EG 222-225); ‘a unidade prevalece sobre o conflito’ (EG 226-230); ‘a realidade é mais importante que as ideias’ (EG 231-299) e ‘o todo é maior que a soma das partes? (EG 234-237). Guiado pela Palavra de Deus e pelo olhar profundo em relação à realidade, na sua perspetiva mais ampla, ele conduz o leitor a estas diretrizes.

Uma espiritualidade cristã ensina-nos a compreender a ‘qualidade de vida’ de uma maneira diferente de como é mantida uma sociedade de consumo. Se considerarmos que o tempo é maior que o espaço, é fácil compreender que, consequentemente, sairmos da nossa zona de conforto para o mundo, onde há pessoas com necessidades, é necessário. Olhando para as inúmeras necessidades das pessoas, não deixamos que os bens de consumo dominem as nossas vidas. O desapego é o melhor caminho para a alegria da partilha e da solidariedade. ‘Menos é mais’ revela a gratidão pelo presente do Criador e permite-nos ‘ser feliz com pouco’ (LS 222). Confronta-nos, ao mesmo tempo, com a questão do que é necessário para cumprir a missão que é dada a cada pessoa. A felicidade é a única coisa que duplica quando partilhada.

‘Quanto mais vazio o coração de uma pessoa é, mais coisas essa pessoa precisa de comprar, ter e consumir’ (LS 204), pois o seu coração está ocupado pelos seus desejos pessoais, não dando tempo e atenção às necessidades dos outros. Pelo contrário, um coração livre irá dar valor aos lírios do campo e aos pássaros no ar. O foco no proveito pessoal irá levar ao desejo de dominar a natureza, de procurar sempre mais dinheiro, prestígio e poder, ignorando e até eliminando pessoas que não se enquadrem neste paradigma. Por fim, atenção pela criação, a ecologia e o clima serão apenas considerados enquanto servirem o meu propósito. Isto é verdade a nível individual, mas traduz-se também no campo das relações internacionais.

Finalmente, o Papa comenta uma atitude que lhe é particularmente querida: não foi concedido ao Homem o direito de dominar a Terra, apenas de ser o seu guardião. O progresso tecnológico mostrou o caminho para explorar a Terra para nosso proveito e para nos tornarmos o mestre supremo dela. O poder em todas as diferentes áreas da sociedade e na Igreja distorce a relação entre a natureza, as pessoas e as nações. A resposta está na humildade e na sobriedade, que leva a uma atitude fraternal bem como a um sentido de responsabilidade pela nossa casa comum.

O Papa Francisco fala sobre Jesus, que esteve ‘completamente presente para tudo e todos, e desta forma ele demonstrou-nos o caminho para superar a ansiedade insalubre, que nos torna superficiais, agressivos e consumidores compulsivos’ (LS 226). Em primeiro lugar, toda a criação deve ser – como um todo e nos seus aspetos particulares – objeto de contemplação, para descobrir a maravilha da beleza e bondade, e aberta ao grande dom do amor que recebemos de Deus e dos nossos vizinhos. Apenas através da contemplação seremos capazes de ultrapassar a tendência para considerar cada parte da criação como objeto separado para tentar possuir e ser capaz de evitar uma abordagem fragmentária com vista a reconhecer que ‘tudo está conectado’. A expressão do teólogo Fr Karl Rahner SJ (1904-1984) foi profética no seu tempo, quando afirmou:  ‘Seremos místicos ou não existiremos por completo’, e, o que o Papa Francisco apela na Laudato Si’, deve ser aplicado à COVID-19, convidando toda a humanidade a olhar para formas diferentes de comportamento, com vista a descobrir a verdadeira maneira de respeitar a natureza e fazer da Terra uma casa acolhedora para todos.

 

+ Msgr. Luc Van Looy
Presidente Cáritas Europa (em fim de mandato)

 

Tradução: Sónia Rio

 


%título%título

Sites de interesse

Caritas Internationalis

Cáritas Europa

Santa Sé

Conferência Episcopal Portuguesa

 

Contactos

Praça Pasteur 11 – 2º Esq.,
1000-238 Lisboa

caritas@caritas.pt

+351 218 454 220

Cáritas Portuguesa

Plataforma de Projetos das Cáritas Lusófonas

Sistema de Proteção

Compromisso Ecológico

 

Entidade Familiarmente Responsável

Redes Sociais

Update cookies preferences

© 2023 Todos os direitos reservados. — Política de Privacidade

Loading...

Inserir/editar ligação

Indique o URL de destino

Ou crie uma ligação para conteúdo existente

    Nenhum termo de pesquisa especificado. Mostrando os itens mais recentes. Procure ou use as setas para cima ou baixo para seleccionar um item.