Cáritas Emergência: Planear, Coordenar, Agir
No passado dia 5 de novembro realizou-se, no formato de webinar, o IV Encontro de formação das estruturas de coordenação das Emergências da Cáritas em Portugal, sob o tema “Cáritas Emergência: Planear, Coordenar, Agir”, contando com a presença de 35 pessoas, entre coordenadores de emergências, dirigentes e colaboradores de dezasseis Cáritas Diocesanas
Este encontro pretendeu reforçar o processo de articulação de desenvolvimento de capacidades institucionais que permitam, nos seus distintos níveis, dar e sustentar uma resposta efetiva, eficiente e oportuna perante eventos extremos que possam desencadear uma emergência ou catástrofe, com potenciais implicações a nível local, nacional e internacional.
Foi enfatizado que a intervenção da Cáritas, enquanto estrutura capilar no território nacional, nas ações de resposta perante uma emergência ou de catástrofe, não pode pautar-se pelo improviso, mas requer um processo de planificação, articulação e ação, sustentado em múltiplos instrumentos, cada qual com características e objetivos distintos e assente numa estrutura forte e capacitada para tal.
Duarte Caldeira, Coordenador do Grupo Nacional de Emergências da Caritas, acentuou que a intervenção em situações de emergência é uma finalidade fundamental da Cáritas, e relembrou que a Cáritas não atua sozinha, mas numa gestão concertada, não apenas com a estrutura nacional da Proteção Civil, mas também com as respetivas estruturas existentes nos locais onde se verifica a ocorrência de situações de emergência e catástrofe, sendo a ação da Cáritas complementar à missão do Sistema de Proteção Civil.
Salientou que o Protocolo de Atuação da Cáritas, recentemente elaborado, possibilitará a unidade de direção das ações a desenvolver, a coordenação técnica e operacional dos meios a empenhar e a adequação das medidas de caráter excecional a adotar.
Elísio Oliveira, Comandante Operacional Distrital de Setúbal da ANEPC e Coordenador da equipa nacional destacada para o Haiti 2010, relatou, precisamente, a experiência de intervenção em Catástrofe da equipa portuguesa da ANEPC, naquele contexto de terramoto, explicando que as dificuldades e os imprevistos, são uma constante em qualquer resposta à emergência. Para os enfrentar, é necessária uma boa preparação das equipas e uma predisposição para estarmos sempre em aprendizagem constante.
Deste Encontro saiu reforçada a utilidade e a necessidade de existirem documentos operacionais orientadores para a rede Cáritas e que definam, com simplicidade e clareza, o papel de cada um perante situações carregadas de imprevisibilidade e que exigem uma forte articulação de diferentes atores, a começar pela rede Cáritas.