• Início
  • Quem Somos
    • Identidade
    • Missão, Visão e Valores
    • A NOSSA ORGANIZAÇÃO
      • CORPOS SOCIAIS
      • A NOSSA EQUIPA
    • Publicações Institucionais
  • O Que Fazemos
    • Intervenção Social
      • Inverter Curva da Pobreza
      • PRIORIDADE ÀS CRIANÇAS
      • Cáritas na Escola
      • Emergências Cáritas
      • COVID-19 | A resposta da Cáritas
      • + Próximo
    • Capacitação e Desenvolvimento Institucional
    • Ação Internacional
    • Observatório Cáritas
      • Editorial Cáritas
    • Semana Nacional Cáritas
    • 10 Milhões de Estrelas – Um Gesto Pela Paz
  • Onde Estamos
  • Colabore
    • Parcerias
    • Voluntariado
    • Recrutamento
  • Doar
Logo Image
Bem Vindo(a)
  • Sair
    • Área Admin
      • IntraNet
      • Suporte
    • Todos os Grupos

Sem produtos no carrinho.

Notícias

Carta aberta de Eugénio Fonseca às Deputadas e Deputados

  • 13/02/2020
  • Cáritas Portuguesa, Notícias, Notícias Principais

“Dirijo-me a vós, porque no próximo dia 20 ireis tomar posição sobre o direito ou não dos nossos concidadãos poderem optar pela eutanásia. Escrevo-vos, pois sou um amante da vida. Gosto mesmo de viver. Tenho lutado muito para que o meu semelhante, mais próximo ou mais distante, também tenha o mesmo agrado. Não nego que tenho encontrado muita gente desanimada. Muitos já me têm dito: “assim não vale a pena viver”. Mas este “assim” tem que ver com a falta de rendimentos para subsistir dignamente; com a impossibilidade de ter uma casa habitável ou de aceder a rendas com preços escandalosos; com o cansaço desesperante de há vários anos procurarem trabalho sem o conseguir; com não terem acesso à justiça, ou não suportarem as suas exasperantes demoras e custos, para verem respeitados os seus legítimos direitos; com a existência de uma burocracia monstruosa e ridícula que bloqueia a realização de novos projetos de vida; com a violência a que são sujeitos e sujeitas em contexto familiar, institucional e empresarial sem terem quem, oportunamente, os proteja; com verem, infundadamente, a sua honra atirada à lama social, sem possibilidades de a recuperarem; com o desespero de serem cuidadores de familiares e de vizinhos, durante 24 horas e 365 dias por ano, sem que vejam compensado o seu esforço com rendimentos financeiros adequados, serviços atempados de saúde domiciliários; tempos regulares de descanso para recuperar energias com a ajudas de retaguarda devidamente competentes; com a ansiedade de aguardar meses e meses por uma consulta de uma especialidade qualquer e por uma intervenção cirúrgica, sendo, às vezes, remetidos para estabelecimentos de saúde longe das suas residências e, por isso, com maior dificuldade da presença afetiva dos seus familiares e amigos; com serem institucionalizados contra a vontade própria; com falta de acesso a serviços de saúde que aliviem a dor física e o sofrimento psíquico; com o confronto com a solidão, pelo desprezo dos familiares ou a falta de uma rede básica e estruturada de vizinhança, assente no exercício de um voluntariado informal…e mais “assim” poderia enumerar.

Senhoras Deputadas e Senhores Deputados não vos quero responsabilizar por todas estas limitações ao bem-estar da maior parte do povo português, mas sei que fostes mandatados para, com a cooperação de órgãos intermédios, pensarem estas questões e legislarem, com realismo, de modo a dar mais dignidade à vida. É que a vossa missão é promover melhores condições de existência em todas as suas circunstâncias. O meu apelo é que faciliteis o acesso à VIDA.

Muitas vezes tenho-vos pedido que opteis por “pactos de regime” para vos unirdes em ordem à solução dos problemas mais graves e ao cumprimento de direitos humanos inalienáveis. Nunca o fizestes. Seria agora uma grande desilusão ver-vos unir esforços para tornar mais acessível a morte.

Não me dirijo a vós como católico que sou, pois considero que tudo o que vos referi tem que ver, sobretudo, com a minha condição de cidadão que procura por mais justiça e solidariedade em ordem a uma sociedade mais humanista. Também, porque já estive às portas da morte e sinto-me muito grato a quem tudo fez para me devolver à vida. Bastaram bons cuidados de saúde e uma família muito presente e carradas de ternura dos amigos.

Apostem na vida, por favor.”


%título%título

Sites de interesse

Caritas Internationalis

Cáritas Europa

Santa Sé

Conferência Episcopal Portuguesa

 

Contactos

Praça Pasteur 11 – 2º Esq.,
1000-238 Lisboa

caritas@caritas.pt

+351 218 454 220

Cáritas Portuguesa

Plataforma de Projetos das Cáritas Lusófonas

Sistema de Proteção

Compromisso Ecológico

 

Entidade Familiarmente Responsável

Redes Sociais

Update cookies preferences

© 2023 Todos os direitos reservados. — Política de Privacidade

Loading...

Inserir/editar ligação

Indique o URL de destino

Ou crie uma ligação para conteúdo existente

    Nenhum termo de pesquisa especificado. Mostrando os itens mais recentes. Procure ou use as setas para cima ou baixo para seleccionar um item.