Dia Mundial dos Pobres: Cáritas No Coração da Igreja
Dia Mundial dos Pobres
Queridos amigos,
No dia 15 de novembro de 2020, estamos todos convidados a celebrar o Dia Mundial dos Pobres com o Papa Francisco.
A mensagem deste ano é: “Estende a tua mão ao pobre” (Sir 7:32).” Este é um importante apelo para todos, num ano em que muitos de nós nos isolámos do mundo para nos protegermos da pandemia do coronavírus.
Apesar dos enormes desafios globais deste ano, a Cáritas demonstrou que o amor não entra em confinamento nem se fecha dos pobres e vulneráveis quando eles mais precisam. A missão da Cáritas de ouvir e acompanhar é impulsionada pelos nossos inúmeros voluntários e pessoal que se entrega generosamente para a construção de um mundo melhor.
Os nossos Papas relembram-nos que a “Cáritas está no coração da Igreja” e que o Dia Mundial dos Pobres é um momento para recordar e aprofundar a nossa dedicação em relação à colocação dos pobres no centro e à sua elevação, assegurando que as suas vozes serão sempre ouvidas.
Na Assembleia Geral, em maio de 2019, os delegados da Cáritas aprovaram a “Cáritas no coração da Igreja” como uma das cinco orientações estratégicas para o nosso trabalho como uma confederação, para os próximos quatro anos.
O nosso Conselho Representativo deu uma orientação à nossa confederação sobre como atuar no coração da Igreja: “Assegurar que as pessoas que vivem na pobreza são participantes ativos na construção de uma sociedade inclusiva e equitativa, de uma Cáritas transformativa e de uma Igreja hospitaleira”.
Mas o que isto significa para cada um de nós, enquanto parte da família Cáritas? As respostas nem sempre são simples, mas requerem uma atitude que engloba escutar com humildade e solidariedade.
Não nos esqueçamos que este dia especial em honra dos nossos irmãos e irmãs necessitados é nomeado “Dia Mundial DOS Pobres” e não “Dia Mundial PARA os Pobres”.
Não só estamos a partilhar parte da nossa riqueza com os pobres, como estamos a receber deles. Numa verdadeira comunidade Cristã, não há membros que estejam apenas a receber, nem membros que estejam apenas a dar. Há apenas vizinhos que partilham, porque em Cristo somos apenas um.
A mão que estendemos aos pobres não é apenas uma mão que distribui, mas também uma mão que precisa. Nós precisamos dos pobres tal como eles precisam de nós. Eles desafiam-nos a que nos tornemos testemunhas mais verdadeiras de Cristo. Quando nos encontramos com pobres e os ouvimos e acompanhamos, são eles que nos evangelizam. Os pobres convidam-nos a abrir os nossos corações e a transformar as nossas perspetivas mundanas e restritivas para ver Cristo na sua presença aqui na Terra.
“Somos chamados a encontrar Cristo nelas, a emprestar a nossa voz às suas causas, mas também a ser seus amigos, a ouvi-los, a falar por eles e a aceitar a sabedoria misteriosa que Deus pretende partilhar connosco, através deles.” Evangelho Gaudium 198.
O presidente da Cáritas Internacional, o Cardeal Luis Antonio Tagle, disse que, “A maior lição da minha vida como pastor tem sido ir de encontro aos pobres, não só com palavras mas com um coração disposto a ouvir e a aprender com eles. Antes de dizer uma palavra sequer, é importante compreender a pessoa que temos diante de nós. Escutando com respeito os pobres, afirmamos a sua dignidade.”
À medida que o Dia Mundial dos Pobres se aproxima, quando for possível e apropriado, encorajamo-lo a tomar uma ação para a preparação da celebração deste dia, na sua igreja e Cáritas local. Encorajamos-vos, amigos da Cáritas ao redor do mundo, a refletir sobre o que aprendemos com os pobres, a um nível pessoal e comunitário e a assegurar que eles estão no centro dos nossos pensamentos e ações durante esse dia.
Uma mão estendida é um sinal; um sinal que imediatamente fala de proximidade, solidariedade e amor. No dia Mundial dos Pobres, juntos iremos dar as mãos numa só Cáritas, em solidariedade global para construir sociedades inclusivas e equitativas, uma Cáritas transformadora e uma Igreja hospitaleira.
No amor de Cristo,
Monsenhor Pierre Cibambo
CI Assistente Eclesiático