Televisitas aproximam famílias
Televisitas aproximam famílias
A resposta da Cáritas Diocesana de Coimbra à novas realidade
Com a declaração do estado de emergência em março passado, a Cáritas de Coimbra teve que encerrar os seus Centros de Dia, o que implicou que mais de 200 pessoas idosas tenham ficado sem a possibilidade de usufruir desta resposta que frequentavam diariamente.
Destas, 140 sem retaguarda familiar próxima, pelo que a Cáritas mantém um serviço alternativo de alimentação e higiene pessoal, assegurando também visitas regulares. À distância de uma chamada estão igualmente os colaboradores dos Centros de Dia, que se mantêm contactáveis e que vão efetuando contactos regulares aos seus utentes para saber se estes se encontram bem e com o máximo de conforto possível.
No entanto, as Estruturas Residenciais para Idosos continuaram a funcionar com cuidados redobrados. Sendo a idade um dos principais fatores de risco e o distanciamento social essencial, os utentes destas valências estão sem visitas há mais de um mês. Para colmatar esta distância, a Cáritas de Coimbra organizou-se de modo a disponibilizar equipamentos que permitem realizar televisitas – “Visitas Virtuais” – e manter assim a comunicação entre os utentes e as suas famílias.
Em Buarcos, Quiaios, Góis, Pombeiro da Beira e Coimbra estas televisitas virtuais, através de tablets ou smartphones, são efetuadas com muita regularidade e segundo as técnicas que as acompanham, não podiam estar a correr melhor. Os familiares foram informados sobre esta nova forma de visitarem os seus familiares e foram disponibilizados números ou emails para efetuarem as chamadas. As televisitas são uma forma de tranquilizar utentes e famílias e garantir que os utentes recebem afeto ainda que não presencial e sem contacto físico.
Para além destas televisitas, a Cáritas de Coimbra não deixou de estar atenta a famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade económica e social, agravadas com a pandemia de COVID-19. Assim, através do seu Centro Comunitário de Inserção, lançou duas campanhas que permitirão apoiar 20 famílias já assinaladas, num total de 51 pessoas incluindo crianças.
Também com estas iniciativas, a Cáritas de Coimbra pretende garantir que estas famílias se sintam acompanhadas e que ultrapassem de uma forma mais confortável o período de pandemia. Com o apoio da comunidade, fornecedores e empresas, será possível ainda alargar o número de famílias apoiadas.
Resposta da rede nacional Cáritas
Em todo o país as Cáritas diocesanas estão a trabalhar para garantir que todos os serviços essenciais se mantêm em atividade. Em primeiro lugar, a rede Cáritas em Portugal assumiu a preocupação de manter ativos todos os serviços essenciais à população, seja através de respostas não presenciais (atendimento e acompanhamento por telefone e email) seja implementando as medidas de autoproteção nas respostas onde os utentes estão presentes e que não têm nenhuma retaguarda familiar: Centros de Dia, Lares, Apoio Domiciliário, Acolhimento Temporário de Crianças em Situação de Risco, Comunidades de Inserção, Apoio a Sem Abrigo, Apoio a Vitimas de Violência Doméstica.
A rede nacional Cáritas dá, anualmente, resposta a cerca de 100 mil pessoas no atendimento nacional e 40 mil pessoa em respostas sociais.
“Queremos estar junto da população e contribuir para a proteção de todos – beneficiários, mas também agentes da Cáritas e grupos paroquiais – não sendo fonte de contágio nem de transmissão.”
O reforço dos materiais de proteção foi a primeira ação de resposta à emergência precisamente para garantir a segurança dos nossos colaboradores e voluntários, mas também dos beneficiários. Estando também já disponível um Programa de Resposta à Emergência Social através do qual a Cáritas Portuguesa disponibiliza uma verba de apoio às Cáritas Diocesanas que identificaram, neste momento, como principal dificuldade o acesso a bens alimentares. O atual programa de apoio terá um orçamento de 130.000,00€, proveniente de fundos próprios da Cáritas Portuguesa, dividido da seguinte forma: 100.000,00 € para vales e 30.000,00 € para apoios a situações pontuais urgentes. Este Programa de Resposta Social irá funcionar através da atribuição de vales de aquisição que permitam acesso de forma imediata a alimentos e bens essenciais.