Dia Mundial da África
Esta semana celebrou-se, a 25 de Maio, o Dia Mundial da África.
África é um continente conhecido pela grande diversidade de culturas e pela beleza das suas paisagens naturais. Tem por isso uma enorme responsabilidade de preservar e se possível melhorar.
Neste dia, em 1963, criou-se a Organização de Unidade Africana (OUA), na Etiópia, “com o objetivo de defender e emancipar o continente africano”. Em 1972, a ONU estabeleceu o dia 25 de maio como o Dia da África ou o Dia da Libertação da África e em 2002, a OUA foi substituída pela União Africana, mas a celebração da data manteve-se até hoje.
Este ano senti a celebração deste dia de forma diferente. África é um maravilhoso continente, cheio de desafios e pouco sereno na sua maioria, no entanto foi com esperança e olhar atento que a maioria dos discursos abordou este evento.
António Guterres foi muito positivo na sua mensagem em que celebra “um continente diversificado e dinâmico” e que, nas suas palavras, define como um lugar de “potencial e uma enorme promessa”. Refere que estamos a olhar para um continente jovem que é (…) “um lar de esperança”.
Perante a crise alimentar que vivemos, foram muitos os que referiram que África tem potencial para alimentar o mundo inteiro, já que utiliza apenas 20% da sua terra arável. Aparentemente, se há “80% de terra arável por utilizar”, África tem potencial para se alimentar não só a si mesma, mas também para alimentar todo o mundo…. Com 80% de espaço e 63% de incidência rural
Mas também falamos de um continente muito desigual, que tem vindo a ser severamente “atacado” por catástrofes naturais que fragilizam todos. É o segundo continente com mais população do mundo, mas também é onde identificamos grande parte da desnutrição, muitas crises sanitárias, a maior incidência de algumas doenças como o HIV e onde se multiplicam os problemas sociais.
Perante uma Europa em crise sanitária, económica, social e uma guerra não há como celebrar a oportunidade de uma África Jovem que podemos ajudar a restabelecer e crescer.
A minha palavra hoje é para a Cáritas África, sobretudo onde a lusofonia nos traz mais próximos. Não podemos esquecer que este processo é um enorme desafio que estamos preparados para acompanhar … na celebração deste dia em todas as suas facetas, na alegria e na esperança das oportunidades, mas também nas crises e no apoio ás vitimas de guerras e crise humanitárias.
Em Setembro juntaremos as Cáritas Lusófonas em Angola. Estou certa de que sairemos mais ricos.