Não deixar ninguém para trás
Relatório Europeu alerta para fragilidade do mercado de trabalho no que toca à inclusão.
A Cáritas Europa apresenta em Bruxelas o relatório “CARES 2021” no qual se destacam os efeitos da Pandemia sobre o mercado de trabalho. O relatório revela dados e testemunhos sobre o impacto da Pandemia particularmente sentidos por aqueles que já enfrentavam desafios de acesso ao mercado de trabalho: os que trabalham em formas atípicas de emprego, os jovens trabalhadores, trabalhadores mais velhos, mulheres, pessoas com deficiência, migrantes e cuidados trabalhadores.
Neste trabalho que resulta dos contributos de 18 Cáritas nacionais, entre elas a Cáritas Portuguesa, a Cáritas Europa identifica como grupos mais vulneráveis e sujeitos a maior discriminação e exploração, os migrantes, as mulheres, os jovens trabalhadores, as pessoas com deficiência, os ciganos e os prestadores de cuidados.
Michael Landau, presidente da Cáritas Europa, realçou que as Cáritas nos diferentes países europeus têm estado focadas em dar resposta às necessidades imediatas – apoio alimentar, alojamento, pagamentos de rendas e despesas de casa – mas, alerta, que esta resposta será ser insuficiente no futuro. De sublinhar que durante pandemia, as Cáritas nacionais nunca pararam o seu trabalho de alívio da pressão da pandemia sobre milhares de pessoas. O número de pessoas apoiadas aumentou significativamente na medida em que houve necessidade de criar novas respostas dirigidas as pessoas que antes nunca pensaram que poderia dos serviços da Cáritas. A Cáritas Europa salienta a importância de investir não apenas na melhoria do mercado de trabalho e criação de novas medidas, mas também na proteção social e serviços sociais adaptados que garantam o apoio àqueles que vivem nas situações mais vulneráveis.