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A Diocese de Vila Real, através da Cáritas Diocesana, acolheu a mais recente reunião presencial da Comunidade de Prática “Prison Justice” da Cáritas Europa. Com a participação de membros das Cáritas de França, Espanha, Bélgica, Moldávia, Alemanha, Lituânia e das Cáritas Diocesanas de Vila Real e Braga. Os participantes, para além de conhecerem melhor a realidade do sistema prisional português, o que incluiu uma visita ao Estabelecimento Prisional de Vila Real e o contacto direto com funcionários do sistema penal português, puderam também conhecer o projeto Espaço Humanus 3G’ (3ªgeração), promovido pela Cáritas Diocesana de Vila Real, um projeto que surge como uma medida de combate à exclusão social, promovendo aspirações e expectativas, e a melhoria das condições de vida daqueles que querem fazer uma mudança e investir em novas formas de saber ser, estar e fazer.

Para além da partilha de boas práticas, esta reunião da Comunidade de Prática, tinha como objetivo a redação de um documento de posição que envolva ainda mais a Igreja na (re)integração social dos ex-reclusos através da criação de mecanismos concretos e eficazes, incluindo a reforma das políticas penais a nível mundial. Este documento inclui aspetos extremamente importantes relacionados com a autodeterminação dos reclusos no processo de reabilitação e reintegração, a ligação entre a pobreza dentro e fora da penitenciária e o potencial criminogénico desta vulnerabilidade. Foi ainda tema de reflexão a necessidade se encontrarem punições e planos para a sua libertação que encorajem a reabilitação sem criar ainda mais reincidência.

Estes especialistas da rede da Cáritas Europa participaram ainda numa eucaristia presidida pelo Bispo de Vila Real, D. António Augusto de Oliveira Azevedo.

“Estamos ainda muito longe do momento em que a nossa consciência pode ter a certeza de ter feito tudo o que é possível para prevenir o crime e controlá-lo eficazmente para que deixe de causar danos e, ao mesmo tempo, oferecer àqueles que cometem crimes uma forma de se redimirem e de regressarem positivamente à sociedade. Se todos aqueles que de alguma forma estão envolvidos no problema tentassem desenvolver esta linha de pensamento, talvez a humanidade no seu conjunto pudesse dar um grande passo em frente na criação de uma sociedade mais serena e pacífica.” Papa João Paulo II, 9 de julho de 2000